Americanos se preparam para cortes no auxílio e enfrentam escassez de alimentos

Elizabeth Butler, residente em Martinsburg, West Virginia, enfrenta dificuldades para alimentar sua família de três pessoas com os subsídios do programa SNAP, que atende 42 milhões de americanos. "Nossa comida não dura nem um mês," afirma Butler, que busca os melhores preços em supermercados. A situação pode se agravar, pois o Congresso está prestes a votar um projeto de lei que propõe cortes de $211 bilhões no SNAP.

O programa, essencial para famílias de baixa renda, pode ser afetado por um projeto que busca equilibrar o orçamento federal e reduzir impostos, conforme solicitado pelo presidente Donald Trump. O Senado deve votar a proposta até o final da semana, seguida pela Câmara dos Representantes. Cortes no SNAP geram preocupações entre os republicanos, que temem a reação dos eleitores, especialmente em estados como West Virginia, onde 16% da população depende do benefício.

A proposta de cortes tem gerado divisões dentro do Partido Republicano. Enquanto alguns defendem a redução de gastos, outros, especialmente em regiões empobrecidas, alertam que isso pode custar a maioria nas próximas eleições. O senador Jim Justice, de West Virginia, advertiu que "se não tomarmos cuidado, as pessoas vão se machucar".

Pesquisas indicam que 45% dos americanos acreditam que programas de assistência alimentar estão subfinanciados. A insatisfação é evidente entre os beneficiários. Jordan, pai de dois filhos, vive com $700 mensais do SNAP e está disposto a buscar um segundo emprego se os cortes afetarem sua família. Cameron Whetzel, que cresceu dependente do programa, expressou frustração ao descobrir que seu salário de $15 por hora o impede de se qualificar para o SNAP.

O debate sobre cortes no SNAP não é novo, mas a atual situação é marcada por uma disposição dos republicanos em aprovar medidas que muitos consideram prejudiciais. "O governo deve prover para alguém," conclui Whetzel, refletindo a realidade de muitos que dependem do programa.