Governo deve aumentar percentual de etanol na gasolina para 30% (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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Aumento do etanol na gasolina impacta preços, mas não garante estabilidade no combustível - Aumento do etanol na gasolina impacta preços, mas não garante estabilidade no combustível

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Em uma reunião extraordinária, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve aprovar o aumento da mistura de etanol na gasolina de 27,5% para 30%. Essa decisão, prevista para esta quarta-feira, visa impulsionar a produção agrícola e reduzir a poluição, embora não assegure a estabilidade dos preços da gasolina.

A nova mistura pode beneficiar os produtores de etanol, aumentando o mercado para a safra agrícola. Além disso, a medida pode elevar a produção do combustível e diminuir a dependência de importações de gasolina. Contudo, a Petrobras poderá ajustar os preços dos combustíveis em resposta a oscilações no mercado internacional de petróleo, especialmente em cenários de crise, como o atual no Oriente Médio.

Impactos Econômicos

O aumento da mistura de etanol é uma resposta às flutuações nos preços do petróleo, que têm sido influenciadas por conflitos internacionais. O governo espera que essa mudança resulte em uma redução de até R$ 0,11 por litro na gasolina, uma vez que o etanol, mesmo com tributações, é mais barato. O impacto sobre o diesel ainda está sendo avaliado.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou a decisão como um "ato histórico", que pode levar o Brasil a retomar a autossuficiência em gasolina após 15 anos. Ele destacou que a medida não apenas reduzirá a dependência de importações, mas também estimulará a produção nacional e a geração de empregos.

Críticas e Respostas

Apesar das expectativas positivas, a nova mistura enfrenta críticas. O principal argumento é que o etanol tem menor poder calorífico, o que pode afetar a autonomia dos veículos. Além disso, há preocupações sobre a competição entre a produção de etanol e a de alimentos, o que poderia elevar os preços dos produtos agrícolas.

Lula refutou essas críticas, afirmando que o Brasil possui 40 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser recuperadas para cultivo, evitando desmatamento. Ele enfatizou que o crescimento agrícola pode ser alcançado sem comprometer a oferta de alimentos, garantindo que a produção de combustíveis não interfira na segurança alimentar.

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