Economia

Mercado de trabalho se mantém forte, mesmo com queda na criação de empregos

Geração de empregos desacelera em maio, com criação de 148.992 vagas, 37% a menos que em abril, refletindo a alta de juros.

Carteira de trabalho digital (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou que 148.992 novas vagas de emprego com carteira assinada foram criadas em maio, representando um aumento de 6,76% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Contudo, esse número é 37% inferior ao registrado em abril, sinalizando uma desaceleração no ritmo de geração de empregos.

No acumulado de 2023, o saldo total de contratações e demissões permanece positivo, com 1.051.244 vagas criadas até o momento. André Mancha, professor da FEA-USP e gerente da JOI Brasil, aponta que a desaceleração pode ser um reflexo dos efeitos da alta taxa de juros. Segundo ele, o mercado de trabalho responde lentamente às mudanças na política monetária, com impactos que se manifestam ao longo de vários trimestres.

Análise do Cenário

Luciano Costa, economista-chefe da Monte Bravo, destaca que a desaceleração já era esperada. Em termos sazonalizados, a geração de vagas em maio foi de aproximadamente 130 mil, em comparação com 180 mil em abril, resultando em uma queda de 50 mil vagas. A média móvel de três meses também caiu, passando de 190 mil para 136 mil, indicando uma diminuição no ritmo anualizado de criação de empregos, que caiu de 2,2 milhões para 1,6 milhão.

Costa acredita que esses dados estão alinhados com a expectativa de geração de cerca de um milhão de vagas ao longo do ano. Apesar da desaceleração, ele ressalta que o último levantamento da PNAD mostrou uma taxa de desemprego ainda baixa, evidenciando um mercado de trabalho vigoroso, tanto no setor formal quanto no informal.

Perspectivas Futuras

Embora a criação de empregos tenha mostrado um arrefecimento, o cenário ainda é considerado razoável. O economista projeta que o PIB deve crescer apenas 0,2% neste trimestre, mas enfatiza a necessidade de monitorar os próximos meses para entender melhor a dinâmica do mercado de trabalho.

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