02 de jul 2025


BYD cancela projeto de fábrica de carros no México por causa de tensões comerciais
A BYD suspendeu planos de fábrica no México e inicia operações no Brasil, buscando clareza nas políticas comerciais para futuros investimentos.

Fabricantes de automóveis dos EUA alertaram que as tarifas acarretarão bilhões de dólares em custos adicionais (Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg)
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A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD decidiu interromper seus planos de construir uma grande fábrica no México, citando tensões geopolíticas e incertezas nas políticas comerciais dos Estados Unidos. A vice-presidente executiva, Stella Li, anunciou que a empresa está iniciando operações no Brasil, sem um cronograma definido para novos investimentos nas Américas.
Durante uma entrevista em Camaçari, na Bahia, onde a BYD inaugurou sua primeira fábrica fora da Ásia, Li destacou que as questões geopolíticas impactam significativamente a indústria automotiva. A empresa estava avaliando três locais no México antes de suspender a busca no ano passado, aguardando resultados das eleições nos EUA. A presidente do México, Cláudia Sheinbaum, afirmou que a BYD não apresentou uma proposta formal de investimento.
Desafios e Estratégias
A decisão de adiar os planos no México também foi influenciada por preocupações sobre a segurança da tecnologia da BYD, levando o ministério do Comércio da China a adiar a aprovação da fábrica. A incerteza no comércio global afetou outras montadoras, como a General Motors, que anunciou um investimento de US$ 4 bilhões para transferir a produção de modelos do México para os EUA.
Li mencionou que a empresa está reavaliando sua abordagem de expansão internacional. A BYD busca maior clareza nas condições comerciais antes de decidir sobre futuras expansões. A nova fábrica na Bahia terá capacidade para 150 mil veículos anuais, com previsão de início da produção em menos de dois meses.
Compromisso com Direitos Humanos
A BYD enfrenta desafios adicionais, como uma ação civil pública aberta pelo Ministério Público do Trabalho do Brasil, relacionada a alegações de trabalho escravo durante a construção da unidade. A empresa reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e trabalhistas, garantindo conformidade com a legislação brasileira.
Li enfatizou a importância de trabalhar com empresas locais e adotar uma estratégia mais gradual para a expansão. A empresa também solicitou ao governo brasileiro a redução das tarifas de importação para aumentar a competitividade de sua operação na nova fábrica.
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