10 de jul 2025
IPCA registra alta de 0,24% em junho, superando expectativas e chega a 5,35% em 12 meses
Inflação em junho é impulsionada pela alta da energia elétrica, levando o Banco Central a elevar a Selic para 15%.

Tarifas de Trump: impacto no PIB do Brasil será limitado, diz Oxford Economics (Foto: Reprodução)
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma alta de 0,24% em junho, uma leve desaceleração em relação aos 0,26% de maio. A inflação acumulada nos últimos 12 meses atingiu 5,35%, superando a meta estabelecida. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A energia elétrica foi um dos principais responsáveis por essa variação, contribuindo com 0,27 pontos percentuais ao índice. No primeiro semestre, a energia elétrica teve um aumento de 6,93%, a maior alta desde 2018. A mudança nas bandeiras tarifárias, que passaram de verde para amarela e, em seguida, para vermelha, impactou diretamente o orçamento das famílias. Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, destacou que essa situação gerou um "choque no bolso".
Impactos Regionais
Os reajustes na energia elétrica variaram entre as cidades. Belo Horizonte registrou um aumento de 7,36%, enquanto Porto Alegre teve um reajuste de 14,19%. Curitiba viu uma alta de 1,97%, enquanto o Rio de Janeiro apresentou uma redução de 2,16%. Esses ajustes impactaram o grupo de Habitação, que contribuiu com 0,15 pontos percentuais para o índice geral.
No setor de Alimentação e Bebidas, houve a primeira queda em nove meses, com uma variação de -0,18%, influenciando negativamente a taxa geral de inflação em -0,04 p.p. O preço do ovo de galinha caiu 6,58%, enquanto o tomate teve a maior alta, com 3,25%.
Reação do Banco Central
Em resposta à pressão inflacionária, o Banco Central elevou a taxa Selic para 15%, o maior patamar em quase duas décadas. Essa decisão ocorre em um cenário de mercado de trabalho aquecido e gastos públicos elevados, complicando os esforços para controlar a inflação. O novo regime de metas de inflação estabelece uma meta de 3%, com uma faixa de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Analistas aguardam a comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a inflação, buscando sinais de comprometimento na luta contra o aumento dos preços. A atenção dos investidores se volta para a linguagem utilizada pelo Copom, que pode indicar suas intenções futuras em relação à política monetária.


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