Tarcísio critica tarifaço e defende diálogo para evitar impactos negativos em São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou as tarifas de 50% impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que a medida é prejudicial ao Brasil. Durante um evento na manhã de quinta-feira, 10, Tarcísio destacou a necessidade urgente de diálogo entre os dois países para reverter essa situação até agosto, quando as tarifas entrarão em vigor.

O governador enfatizou que o tarifaço impacta diretamente a economia paulista, especialmente para setores industriais que têm os EUA como principal destino de exportação. "São Paulo é um grande exportador e os Estados Unidos são o maior destino das nossas exportações industriais", afirmou. Ele citou a Embraer como exemplo de empresa que pode sofrer consequências negativas devido a essa taxação.

Urgência nas Negociações

Tarcísio pediu que o governo federal assuma a responsabilidade de negociar com os EUA, ressaltando que "temos muito a perder" com essa situação. Ele lembrou que produtos brasileiros são essenciais para empresas americanas, que não têm substitutos à altura. O governador também criticou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que a economia do país não está indo bem e que é necessário mais trabalho e menos discurso.

Além disso, Tarcísio lamentou o distanciamento diplomático entre Brasil e Estados Unidos durante o governo atual, considerando que isso dificulta as negociações. Ele comparou a situação com a do México, que, mesmo enfrentando sobretaxas, conseguiu dialogar e chegar a um acordo com os EUA.

Impactos e Perspectivas

O governador expressou preocupação com o impacto econômico das tarifas, que afetam diretamente o fluxo comercial paulista, que alcançou 3 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2025. "Não é bom para ninguém", concluiu, referindo-se à necessidade de uma solução rápida e eficaz.

Tarcísio também abordou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo um indulto caso ele seja condenado. "Entendo que o presidente é inocente e será inocentado", afirmou, destacando que a questão deve ser vista como um fator de pacificação.