13 de mar 2025
John Hope Bryant alerta sobre os riscos da inteligência artificial para os mais vulneráveis
John Hope Bryant alertou que a IA eliminará empregos, afetando os vulneráveis. Ele propôs políticas fiscais para capacitar jovens em tecnologia e educação financeira. Bryant comparou a revolução da IA à transição do cavalo para o automóvel em 1850. Ele destacou a necessidade de investir nas classes trabalhadora e média para reduzir desigualdade. A falta de ação pode gerar descontentamento social e instabilidade econômica no futuro.
John Hope Bryant, CEO da organização sem fins lucrativos Operation HOPE, fala durante um painel no CONVERGE LIVE da CNBC em 12 de março de 2025. (Foto: Reprodução)
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John Hope Bryant, CEO da Operation HOPE, alertou que a inteligência artificial (IA) pode eliminar empregos, afetando desproporcionalmente aqueles "na base da pirâmide". Durante o evento CONVERGE LIVE em Cingapura, ele enfatizou a necessidade de os governos investirem em capacitação das classes trabalhadora e média, além das gerações mais jovens, para que possam se adaptar às mudanças tecnológicas e, assim, impulsionar a produtividade e a economia global.
Bryant destacou que muitos empregos, como os de lojas de conveniência e supermercados, já estão desaparecendo, afirmando que "isso não é o futuro, é o presente". Ele alertou que, sem um foco em capacitação, aqueles com educação básica e poucas conexões correm o risco de serem deixados para trás nos próximos anos. Ele comparou a revolução da IA a uma mudança de paradigma, semelhante à transição do carro de bois para automóveis no século XIX.
O executivo também mencionou os desafios econômicos dos Estados Unidos, onde a dívida nacional ultrapassa R$ 36,2 trilhões. Ele criticou a abordagem de cortes orçamentários como solução para o déficit, propondo em vez disso que se amplie a base de pessoas capacitadas, o que poderia aumentar o PIB em 3 a 4% anualmente. Para isso, sugeriu políticas fiscais que incentivem programas de aprendizado e estágios voltados para a IA, além de aulas de alfabetização financeira nas escolas.
Bryant observou que a desigualdade de classes aumentou, dificultando a ascensão da classe trabalhadora e média. Ele argumentou que a solução a longo prazo é investir nessas classes e nas gerações futuras, proporcionando oportunidades de capacitação. Sem isso, os riscos sociais e econômicos podem se agravar, resultando em descontentamento e instabilidade. Ele concluiu que é fundamental crescer a economia enquanto se reduz o desperdício, incentivando a busca por riqueza de forma positiva.
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