Geração Z redefine expectativas no trabalho e busca "salário emocional" nas empresas

A geração Z, composta por jovens nascidos entre mil novecentos e noventa e cinco e dois mil e doze, enfrenta desafios significativos no mercado de trabalho. Estudos recentes revelam que sessenta por cento dos empregadores demitiram funcionários dessa faixa etária em 2024, evidenciando a necessidade de adaptação nas práticas de retenção.

A frustração com a falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento tem levado muitos jovens a repensar suas carreiras. Especialistas apontam que a geração Z redefine o que considera essencial em um ambiente de trabalho. Dentre os fatores que influenciam essa mudança, destacam-se as dificuldades de comunicação entre líderes e novos trabalhadores, que buscam experiências diferentes das gerações anteriores.

Para atrair e reter talentos da geração Z, as empresas precisam oferecer mais do que uma boa remuneração. O conceito de "salário emocional" ganha destaque, englobando benefícios que vão além do pacote padrão. Ana Gabriela Santos, especialista em recrutamento, explica que isso inclui incentivos como um day-off ou um dress code livre nas sextas-feiras, que ajudam a criar um ambiente de identificação.

Benefícios voltados para o bem-estar e saúde mental são os mais procurados por essa geração, segundo André Purri, CEO da plataforma de benefícios flexíveis Alymente. Além disso, um processo seletivo transparente, celebrações de conquistas e lideranças empáticas são fundamentais para a retenção dos jovens no mercado de trabalho.

Com mais de quarenta e cinco milhões de brasileiros pertencentes à geração Z, essa faixa etária deve representar quase trinta por cento da força de trabalho global até 2030. A adaptação das empresas a essas novas demandas é crucial para garantir a permanência e o engajamento dos jovens em suas funções.