Economia

Executivos são obrigados a retornar ao trabalho presencial após era do home office

Retorno ao trabalho presencial cresce no Brasil, com 55% a 60% das vagas exigindo presença física, gerando desconforto entre candidatos.

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O retorno ao trabalho presencial está se intensificando no Brasil, especialmente para altos executivos. Após a pandemia, muitas empresas adotaram modelos híbridos, mas agora, 55% a 60% das vagas abertas exigem presença física, segundo a consultoria Soul. Esse movimento é mais evidente em empresas menores e familiares, onde a interação direta é vista como essencial.

A consultoria Page Executive também confirma essa tendência, com 59% das contratações recentes sendo para posições presenciais. O modelo híbrido, que antes permitia mais flexibilidade, agora oferece apenas um dia remoto por semana. Essa mudança tem gerado desconforto entre candidatos que se adaptaram a novas rotinas durante a pandemia.

Mudanças nas Expectativas

Recrutadores notam que a exigência de trabalho presencial tem levado a recusas em processos seletivos. Paulo Dias, da Page Executive, relata que 30% dos candidatos bem posicionados não avançam por conta dessa exigência. Renata Filippi, da Soul Consulting, observa que a maioria das empresas agora requer quatro dias no escritório e apenas um em home office.

Profissionais que se mudaram para áreas mais afastadas em busca de qualidade de vida enfrentam dificuldades. Leandro Monsores, que recentemente foi contratado como diretor de RH, optou por vagas presenciais para aumentar suas chances de recolocação. Ele acredita que o trabalho presencial é mais produtivo, especialmente em setores dinâmicos como logística.

Razões para o Retorno

As empresas justificam o retorno ao trabalho presencial como uma forma de aumentar o engajamento e fortalecer a cultura organizacional. Além disso, a redução de custos associados ao home office, como internet e alimentação, também é um fator relevante. Apesar da pressão por um retorno ao presencial, algumas multinacionais ainda oferecem flexibilidade, permitindo um ou dois dias de home office.

A situação não é uniforme entre os setores. Enquanto áreas como mineração e logística exigem presença, setores como tecnologia e serviços digitais ainda mantêm modelos híbridos. Kenny Carvalho, diretor de RH na Sempre Agtech, destaca que o trabalho remoto não é viável no agronegócio, onde a presença física é crucial para a construção de equipes e cultura organizacional.

O cenário atual reflete uma transição significativa no mercado de trabalho, onde a exigência do presencial está se tornando a norma, desafiando as adaptações feitas durante a pandemia.

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