Geração que sonhou em mudar o mundo agora se contenta com treinos de cardio

Durante um almoço dominical, um grupo de amigos millennials discutiu a possibilidade de prestar concurso público, refletindo sobre suas frustrações profissionais e financeiras. A geração, nascida entre os anos 1980 e meados dos 1990, enfrenta desafios significativos, como a dificuldade em alcançar a estabilidade esperada.

Um dos amigos mencionou que um concurso para a Ancine está prestes a ser aberto, o que gerou um misto de entusiasmo e resignação entre os presentes. Para muitos, a ideia de se tornar servidor público representa uma fuga da instabilidade do mercado de trabalho atual, onde a expectativa de uma vida financeira confortável parece cada vez mais distante.

Os millennials, que se viam como a geração que mudaria o mundo, agora se sentem pressionados a seguir caminhos mais tradicionais. A conversa evoluiu para um luto coletivo pela perda da ideia de que o trabalho poderia ser uma fonte de realização pessoal. O desejo de se conformar com uma vida semelhante à de seus pais, com um emprego estável e uma rotina previsível, tornou-se uma ambição secreta.

Entre os desafios enfrentados, destacam-se a precarização do trabalho, a uberização e a crescente insatisfação com as promessas não cumpridas de uma vida melhor. A saúde mental da geração está comprometida, refletindo a pressão constante para se destacar em um mercado competitivo, enquanto muitos se sentem insatisfeitos com suas conquistas.

A expectativa de vida aumentou, mas a pressão para ter tudo resolvido aos 30 anos se transformou em uma piada nas redes sociais. Os millennials, que acreditavam que o esforço seria recompensado, agora lidam com a realidade de um futuro incerto, onde a estabilidade financeira parece um sonho distante.