Como declarar criptomoedas no Imposto de Renda 2025 e evitar problemas com o Fisco

Com a data-limite da Receita Federal se aproximando, muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre como declarar criptomoedas no Imposto de Renda 2025. Todo investidor que obteve ganho de capital com criptoativos em 2024 deve reportar esses ativos. Além disso, quem possuía um saldo igual ou superior a R$ 5 mil em um único ativo até 31 de dezembro de 2024 também precisa declarar, mesmo sem lucro.

É importante destacar que o valor de R$ 5 mil se refere a cada ativo individualmente. Por exemplo, se um investidor tinha R$ 5 mil em bitcoin e R$ 5 mil em solana, ambos devem ser declarados. No entanto, se o saldo total for inferior a R$ 5 mil, não há obrigatoriedade de informar. O saldo de custo inclui o valor pago na aquisição e as taxas, o que pode alterar a necessidade de declaração.

Declaração em Corretoras Nacionais

Para quem investe em corretoras brasileiras, como o BTG Pactual, há vantagens. Se o volume de alienações no mês não ultrapassar R$ 35 mil, o investidor fica isento de pagar imposto sobre lucros. Mesmo assim, os ganhos devem ser informados no GCAP (Programa de Apuração de Ganhos de Capital) e transferidos para o programa do Imposto de Renda. Também é necessário declarar o saldo total em criptomoedas em 31 de dezembro de 2024 na ficha de Bens e Direitos.

Declaração em Corretoras Internacionais

Para operações em plataformas estrangeiras, como Bybit ou Mexc, a responsabilidade tributária é diferente. Se o volume de operações superar R$ 30 mil em um mês, é necessário enviar uma Declaração de Criptoativos mensal à Receita. Os lucros obtidos em corretoras internacionais são tributados em 15%, mesmo que não tenham sido convertidos para reais. Prejuízos também devem ser informados, e o saldo de criptoativos mantidos no exterior deve ser declarado na ficha de Bens e Direitos.

Diante das complexidades, é recomendável buscar ajuda profissional. Empresas especializadas, como a Fiscal Cripto, podem auxiliar nesse processo.