Méliuz investe R$ 157 milhões em bitcoin e ultrapassa o Mercado Livre na reserva

A Méliuz anunciou a aquisição de 275,43 BTC por aproximadamente US$ 28,61 milhões (cerca de R$ 157 milhões), elevando sua reserva total de bitcoin para 595,67 unidades. Com essa compra, a empresa se torna a maior detentora corporativa de Bitcoin na América Latina, superando o Mercado Livre, que possui 570 BTC.

A transação foi financiada por uma oferta secundária de ações, concluída em 13 de junho, que arrecadou R$ 180 milhões. O presidente da Méliuz, Israel Salmen, destacou a importância desse investimento em uma publicação no X, antigo Twitter. Ele afirmou que a empresa está se posicionando como uma bitcoin treasury company, onde o bitcoin se torna o principal ativo de reserva.

Estratégia e Impacto

Salmen classificou a aprovação da transformação da empresa como um "dia histórico". Em entrevista à EXAME, ele expressou o desejo de gerar uma "onda de adoção institucional" do bitcoin entre empresas brasileiras. A estratégia da Méliuz segue o exemplo de outras companhias globais, como a Strategy, que já acumula mais de US$ 50 bilhões em reservas de bitcoin.

Recentemente, a Méliuz também divulgou métricas que refletem o desempenho de sua estratégia. O BTC Yield, que mede a variação de bitcoin por ação, foi de 44% nos últimos 36 dias, resultando em um ganho absoluto de 140,5 BTC. O valor total em bitcoin da companhia é estimado em R$ 331 milhões.

Crescimento e Valorização

O crescimento da receita da Méliuz foi destacado pelo Morgan Stanley, que apontou um avanço de 22% no primeiro trimestre. As ações da empresa acumulam uma valorização de mais de 100% desde o início da estratégia de alocação em bitcoin, em 6 de março. Na última segunda-feira, os papéis foram negociados a R$ 6,95, com uma leve queda de 0,57%.