11 de jul 2025
Latam se destaca com dividendos e valuations baixos em comparação ao S&P 500
As bolsas latino americanas registram crescimento expressivo, com Colômbia, Chile e Brasil superando o S&P 500 e atraindo investidores.

A região superou o desempenho dos mercados emergentes em geral, graças a uma combinação de influxos estrangeiros, expectativas de cortes nas taxas e melhores lucros corporativos. (Foto: Bloomberg/Patricia Monteiro)
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O rali das bolsas latino-americanas no primeiro semestre de 2025 surpreendeu investidores, com ganhos de dois dígitos e valuations históricas. A Colômbia, o Chile e o Brasil lideraram a recuperação, apresentando rendimentos superiores a 30% em dólares, superando o S&P 500.
O desempenho da região é notável, especialmente após um 2024 desafiador, quando o índice MSCI Latin America caiu 26%. O S&P BMV/IPC do México também teve um crescimento expressivo, subindo 29% em dólares, impulsionado por fluxos consistentes e um cenário macroeconômico mais estável.
Um relatório da Ashmore destaca a atratividade dos dividend yields na América Latina, que superam os do S&P 500. A Colômbia apresenta um rendimento de 14,1%, enquanto o Brasil oferece 8,2%, em contraste com apenas 1,3% do índice americano. Essa diferença torna a região atraente para investidores em busca de renda estável.
Potencial de Valorização
Os múltiplos de preço/lucro (P/L) na América Latina permanecem significativamente descontados em relação ao S&P 500, que é negociado a 22x. O Brasil e o México têm P/L de 8,3x e 12,1x, respectivamente. Essa disparidade sugere um potencial de valorização, especialmente se as avaliações convergirem nos próximos trimestres.
Além disso, a Ashmore projeta que a América Latina pode alcançar um desempenho acumulado superior de 26% em cinco anos em relação ao S&P 500, mesmo mantendo o prêmio de avaliação atual. O crescimento dos lucros na região deve ser cerca de 90% do registrado nos EUA, favorecendo a convergência das avaliações.
Cenário Macroeconômico
A perspectiva macroeconômica na América Latina continua a surpreender positivamente. O Brasil mantém a taxa Selic em 15% para controlar a inflação, enquanto o México já a reduziu em 400 pontos-base. O Chile e o Peru projetam expansões entre 2,5% e 3% este ano, apoiadas por exportações agrícolas e de mineração.
Os analistas da Ashmore recomendam que investidores com alta exposição às ações dos EUA considerem diversificar para a América Latina. A correlação relativamente baixa das ações latino-americanas com o S&P 500 pode proporcionar benefícios de diversificação e potenciais melhorias nos retornos.
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