EUA revelam dados de inflação e mercado expressa preocupação com a qualidade das informações

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos registraram um aumento de 0,2% em julho, conforme divulgado pelo Departamento do Trabalho. A inflação anualizada atingiu 2,8%, refletindo pressões contínuas devido a tarifas de importação sobre bens como móveis e vestuário.

A demissão de Erika McEntarfer, chefe do escritório de estatísticas, e a suspensão da coleta de dados em algumas regiões levantaram preocupações sobre a qualidade das informações. Economistas alertam que cortes orçamentários e a falta de pessoal podem comprometer a precisão dos relatórios de inflação e emprego.

O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que exclui alimentos e energia, subiu 0,3%, o maior avanço desde janeiro. Essa alta foi impulsionada por aumentos nos preços de mercadorias sensíveis a tarifas, como peças de veículos e brinquedos. Nos últimos doze meses, o núcleo do índice cresceu 3,0%.

Os dados de julho são cruciais para a Reserva Federal (Fed), que observa atentamente a inflação subjacente ao considerar possíveis cortes nas taxas de juros. A inflação elevada pode complicar as expectativas de redução, especialmente em um cenário de crescimento salarial e pressões nos preços do setor de serviços.

Analistas projetavam um leve aumento na inflação, mas o resultado superou as expectativas. A situação econômica atual, marcada por incertezas, pode influenciar a postura do Fed em relação à política monetária nos próximos meses.