Dólar perde força frente ao real em meio a queda global da moeda
Dólar atinge menor valor em 14 meses, com inflação abaixo do esperado e incertezas geradas por declarações de Trump sobre o Federal Reserve

Powell e Trump: Atritos com o presidente do Fed também ajudaram a enfraquecer a confiança na moeda, apontam especialistas (Foto: Drew Angerer/Getty Images)
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O dólar encerrou o dia de ontem em seu menor nível em 14 meses em relação ao real, refletindo uma tendência de desvalorização da moeda americana. Esse movimento foi impulsionado por dados de inflação nos Estados Unidos que ficaram abaixo das expectativas, além de declarações do ex-presidente Donald Trump que geraram incertezas sobre a atuação do Federal Reserve (Fed).
Os dados de inflação ao consumidor mostraram um aumento de apenas 0,26% em julho, enquanto o mercado esperava uma alta de 0,37%. Essa discrepância alimentou as expectativas de um possível corte nas taxas de juros na próxima reunião do Fed, agendada para setembro. Atualmente, 93,9% dos analistas projetam uma redução da taxa para a faixa entre 4% e 4,25%.
Impacto das Declarações de Trump
Além dos dados econômicos, a confiança no dólar foi afetada pelas recentes declarações de Trump, que indicaram uma tentativa de interferir nas decisões do Fed. O ex-presidente mencionou a possibilidade de processar o presidente do Fed, Jerome Powell, em relação a questões administrativas. Essa situação gerou um clima de incerteza no mercado financeiro.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas, caiu 0,30%, atingindo 97,80 pontos, o menor nível em duas semanas. A moeda americana também se desvalorizou em relação a outras divisas, como o euro, que alcançou US$ 1,1706, e a libra, que subiu para US$ 1,3544.
Expectativas para o Futuro
Os analistas estão atentos ao mercado de trabalho, que deve permanecer robusto para que o Fed evite adiar os cortes de juros. Rafael Passos, sócio da Ajax Asset, destacou que um eventual enfraquecimento do mercado de trabalho poderia reforçar a pressão por uma redução nas taxas na próxima reunião do Fomc. A situação permanece volátil, com os investidores monitorando de perto os desdobramentos econômicos e políticos nos Estados Unidos.
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