Analista critica ETF de Bitcoin de Trump como "surreal e sem novidades"

Depois de lançar uma memecoin e promover um jantar para investidores de criptomoedas na Casa Branca, Donald Trump avança no setor de ativos digitais com o Truth Social Bitcoin ETF. A Trump Media and Technology Group protocolou documentos junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para viabilizar o fundo, que pode ser listado ainda este ano ou no próximo.

Eric Balchunas, analista sênior de ETFs na Bloomberg Intelligence, considera a situação “surreal”, destacando que o nome de um presidente está associado a um fundo de índice. Embora a expectativa de listagem seja alta, Balchunas acredita que o impacto do ETF será limitado. O fundo terá a Crypto.com como custodiante e, apesar de não mencionar diretamente Trump, o prospecto o identifica como proprietário final.

Balchunas observa que o ETF chega tarde ao mercado, onde já existem produtos similares. Ele afirma que a liquidez inicial pode ser baixa, com potencial de arrecadação em torno de algumas centenas de milhões de dólares, mas sem alcançar os líderes do setor, como o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, que já captou US$ 96,6 bilhões em pouco mais de um ano.

O analista ressalta que a combinação de ETFs e Bitcoin tem sido explosiva, unindo a eficiência dos fundos com o apelo da criptomoeda. Atualmente, os 12 ETFs de Bitcoin listados nos EUA somam US$ 158,64 bilhões, representando 6,48% da capitalização total do Bitcoin. Balchunas conclui que, embora o novo ETF possa atrair investidores que desejam apoiar a marca politicamente, a maioria investe por motivos financeiros, não ideológicos.