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15 de ago 2025

Tarifaço dos EUA gera um único benefício, apontam economistas sobre a medida

Tarifas internas reduzem inflação no Brasil, mas expectativa de alta nos preços pode voltar no último quadrimestre de 2023

Trump carrega placa gigante que mostra tarifas impostas aos produtos de outros países (Foto: Reprodução / CNN)

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O Brasil apresenta um cenário de deflação e redução nas projeções de inflação, resultado das tarifas internas e da desaceleração econômica provocada pelo aumento dos juros. Desde o final do ano passado, o Banco Central tem elevado as taxas de juros para conter a inflação, que inicialmente mostrava tendência de alta.

Recentemente, as tarifas impostas no mercado interno contribuíram para a queda nos índices de inflação, com o Boletim Focus revisando a projeção de inflação de 5,17% para 5,05%. O Itaú também ajustou sua previsão para 2025, passando de 5,2% para 5,1%, enquanto o Santander reduziu sua estimativa de 5,1% para 4,9%. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche este ano em 4,8%, um nível semelhante ao do ano passado.

Impactos das Tarifas

As tarifas têm um efeito deflacionário, pressionando os preços internos para baixo, uma vez que muitos produtos que poderiam ser exportados permanecem no mercado doméstico. A capacidade de exportação do Brasil tem diminuído, especialmente em relação a parceiros como os Estados Unidos, que impõem novas exigências comerciais.

Os índices de preços por atacado também refletem essa tendência, com o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentando deflação de 0,07% em julho, após uma queda de 1,8% em junho. O Índice de Preços ao Produtor (IPA) industrial e agrícola registraram recuos de 2,5% e 8,73%, respectivamente.

Expectativas Futuras

A queda nos preços dos alimentos, especialmente os consumidos em casa, foi significativa, com uma redução de 6,9% no último IPCA. O economista Fábio Romão, da 4Intelligence, revisou a projeção para a alimentação no domicílio de 7,5% para 6,1% em 2023. Para 2024, a expectativa é de 8%. Romão aponta que a deflação nos preços alimentares deve persistir até agosto, mas a inflação pode voltar a subir no último quadrimestre do ano, impulsionada por fatores sazonais e pela superação parcial dos efeitos do tarifaço dos EUA.

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