Cibercriminosos criam sites falsos para enganar trabalhadores sobre valores do PIS/Pasep

Cibercriminosos estão explorando a liberação de valores esquecidos no Fundo PIS/Pasep para aplicar golpes em trabalhadores. A empresa de cibersegurança Kaspersky identificou pelo menos nove sites fraudulentos que usam a promessa de liberação de saques como isca para roubar informações pessoais e financeiras. O Ministério da Fazenda anunciou que há R$ 26,3 bilhões disponíveis, pertencentes a 10,4 milhões de brasileiros, com um valor médio estimado de R$ 2.800 por pessoa.

Os sites falsos imitam a identidade visual do sistema governamental e solicitam dados como nome e CPF para consultar valores disponíveis. Após inserir essas informações, as vítimas são levadas a um processo que inclui vídeos e áudios de uma suposta assistente, aumentando a credibilidade do golpe. O site também pede dados adicionais, como nome da mãe e estado civil, antes de solicitar a chave PIX da vítima, alegando que o saque está finalizado.

Para liberar o dinheiro, os golpistas exigem o pagamento de uma taxa de "indenização governamental" de R$ 69,99. Após a geração da fatura, as vítimas são redirecionadas para outro site para realizar a transferência via PIX. Além disso, os sites fraudulentos incluem comentários falsos de pessoas que supostamente receberam os valores, criando uma falsa sensação de segurança.

O Ministério da Fazenda disponibilizou um site oficial, repiscidadao.fazenda.gov.br, onde os trabalhadores podem verificar se têm valores a receber. O calendário de pagamentos começou em 28 de março, e o próximo ocorre em 25 de abril. A consulta também pode ser feita pelo aplicativo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou pelo internet banking da Caixa Econômica Federal, que orienta sobre como proceder para retirar os valores.