22 de abr 2025
Queda nas doações preocupa setor filantrópico; jovens mostram menor disposição para contribuir
A crise de generosidade nos EUA revela que 25% dos adultos não doaram nada no último ano, com jovens sendo os menos propensos a contribuir.
Pessoas oram durante um culto na Primeira Igreja de Deus, em 7 de janeiro de 2024, em Des Moines, Iowa. (Foto: AP Photo/Charlie Neibergall, File)
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Crise de generosidade nos EUA: pesquisa aponta queda nas doações
Uma nova pesquisa da AP-NORC Center for Public Affairs Research revela sinais mistos sobre a generosidade dos americanos. Apesar de 75% dos adultos terem feito doações para instituições de caridade no último ano, 25% não contribuíram financeiramente. O estudo aponta para uma possível “crise de generosidade”, com quedas nas doações em anos recentes.
A maioria dos doadores contribuiu com até 500 dólares, valor considerado baixo para as necessidades das organizações sem fins lucrativos. Apesar disso, o fato de muitos americanos terem doado, mesmo que pouco, é visto como um sinal positivo em um cenário de cortes de financiamento governamental e aumento do custo de vida.
Jovens adultos são os menos propensos a doar
Adultos com menos de 45 anos demonstraram menor propensão a doar, independentemente da renda. A pesquisa indica que essa geração pode ter uma menor inclinação a contribuir com causas beneficentes. Apenas 60% dos adultos com menos de 30 anos doaram alimentos, roupas ou itens domésticos no último ano, comparado com 80% dos adultos com 60 anos ou mais.
Religião e necessidades básicas lideram as doações
As organizações religiosas e aquelas que oferecem auxílio em necessidades básicas, como alimentação e moradia, foram as mais procuradas pelos doadores. 40% dos adultos contribuíram com instituições que ajudam pessoas em situação de vulnerabilidade nos Estados Unidos. Moradora da Flórida, Daniel Valdes, relata doar sempre que possível, pois “é um ato de boa vontade ajudar os desfavorecidos”.
Experiências pessoais motivam a doação
Histórias de vida também influenciam a decisão de doar. Bethany Berry, de 37 anos, aumentou suas doações após perder seus animais de estimação em um incêndio na Califórnia. Ela agora contribui com organizações de resgate animal e grupos de ajuda mútua online, acreditando que é importante retribuir ao universo.
Responsabilidade social em debate entre gerações
A pesquisa também revelou diferenças geracionais na percepção da responsabilidade social. Adultos com menos de 45 anos são mais propensos a acreditar que não têm grande responsabilidade em ajudar pessoas necessitadas, mesmo com maior poder aquisitivo. Regina Evans, aposentada de 68 anos, afirma que doar é um “requisito” para quem vive em sociedade, pois “o que você dá, volta para você”.
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