23 de mai 2025
Investir em CDBs: quanto aplicar para garantir R$ 10 mil mensais até o fim da vida?
Investir em CDBs para viver de renda exige R$ 1,12 milhão com a Selic a 14,75%. Expectativas de queda alteram esse valor.
Ilustração sobre juros (Foto: Shutterstock)
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Viver de renda é o objetivo de muitos brasileiros, e os investimentos em renda fixa, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), estão se tornando mais acessíveis com a alta da taxa Selic. Com a Selic a 14,75% ao ano, um investidor precisaria aplicar R$ 1,12 milhão em CDBs para garantir uma renda mensal de R$ 10 mil.
Simulações realizadas pelo gestor da Hike Capital, Angelo Belitardo, consideram um CDB que rende 100% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e possui liquidez diária. Os cálculos descontam a alíquota máxima de Imposto de Renda, que é de 22,5% sobre os rendimentos.
As expectativas do mercado, conforme o último boletim Focus do Banco Central, indicam que a Selic deve começar a cair a partir de 2026, passando de 14,75% em 2025 para 12,50% no final de 2026. Com a Selic em 14,25%, o montante necessário para garantir os R$ 10 mil mensais sobe para R$ 1,16 milhão. Se a taxa cair para 13,50%, o valor necessário seria R$ 1,22 milhão. Já com a Selic em 12,25%, o investimento exigido aumentaria para R$ 1,34 milhão.
Riscos dos CDBs
Embora os CDBs sejam considerados investimentos conservadores, eles apresentam riscos. O principal é o risco de crédito da instituição emissora. Se o banco falir, o investidor pode perder parte ou todo o capital aplicado. O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) protege investimentos até R$ 250 mil por CPF e por instituição, mas é essencial respeitar esse limite.
Além disso, a liquidez é um fator a ser considerado. Nem todos os CDBs permitem resgates antes do vencimento, o que pode ser problemático para quem precisa do dinheiro rapidamente. A rentabilidade também deve ser avaliada em relação à inflação, pois rendimentos baixos podem corroer o poder de compra.
Belitardo recomenda que os investidores analisem a solidez do banco emissor e verifiquem se o investimento está dentro da cobertura do FGC. É importante observar o prazo de vencimento e a possibilidade de resgate antecipado, além de comparar a rentabilidade com o CDI e outros produtos semelhantes.
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