02 de jun 2025
Dismorfia financeira: como a comparação nas redes sociais afeta o bem-estar econômico
A dismorfia financeira afeta cada vez mais jovens, levando a comparações prejudiciais e gastos excessivos. Rubia Gouveia compartilha sua superação.
Dismorfia financeira: especialistas explicam o que é e como se livrar dela. (Foto: Shutterstock)
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A dismorfia financeira, um fenômeno crescente entre a geração Z e millennials, leva muitos a se sentirem inadequados em relação às suas finanças. Rubia Gouveia, ex-administradora, compartilha sua experiência em seu livro, “Faça as pazes com o dinheiro”, revelando como a comparação social a levou a gastos excessivos.
Durante anos, Rubia, de 40 anos, buscou igualar seu estilo de vida ao de amigos de faculdade em São Paulo. Para isso, trabalhava intensamente e gastava em roupas e festas. O ponto culminante ocorreu em uma viagem a Paris, onde, mesmo sem emprego, comprou uma bolsa de grife por 3 mil euros. Essa compra, feita de forma impulsiva, simboliza sua dismorfia financeira.
O conceito, comparado à dismorfia corporal, refere-se à distorção da percepção financeira. Jorge Grimberg, especialista em tendências, afirma que muitos acreditam estar em desvantagem financeira ao se comparar com influenciadores nas redes sociais. Quarenta e três por cento da geração Z e quarenta e um por cento dos millennials relatam sentir essa dismorfia, segundo pesquisa da Credit Karma.
A escritora Paula Just, de 35 anos, decidiu deixar de seguir influenciadoras que a faziam sentir-se inadequada. Para ela, a comparação nas redes sociais gerava ansiedade e confusão sobre suas finanças. A educadora financeira Nath Finanças destaca que a falta de diálogo sobre dinheiro contribui para essa percepção distorcida.
A psicóloga Daniela Faertes alerta que a constante comparação nas redes sociais não afeta apenas a saúde financeira, mas também a autoestima. É essencial que as pessoas reconheçam suas próprias realidades financeiras e busquem um equilíbrio entre gastos e bem-estar.
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