24 de jun 2025

Cerca de 29% dos consumidores realizam compras com nome de terceiros
Cerca de 29% dos consumidores usaram nomes de terceiros para crédito, revelando riscos financeiros e pessoais significativos.

Movimento em shopping do Rio (Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo)
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Por conta da alta inadimplência da população, muitos consumidores têm adotado uma prática arriscada: utilizar o nome de amigos ou familiares para obter crédito. Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), realizada em parceria com a Offerwise Pesquisas, revela que 29% dos consumidores recorreram a essa estratégia nos últimos 12 meses.
Os dados mostram que os principais usos do nome de terceiros foram para compras com cartão de crédito (21%), seguidos por empréstimos (4%), crediário (4%), financiamentos (3%) e cheques (2%). Entre os motivos que levam os consumidores a essa prática, destacam-se a falta de acesso ao crédito (24%), o estouro do limite do cartão ou cheque especial (24%) e a dificuldade em obter aprovação (18%).
Riscos Envolvidos
José César da Costa, presidente da CNDL, alerta para os riscos financeiros e pessoais dessa prática. Ele destaca que quem empresta o nome assume o risco com a instituição financeira e pode enfrentar problemas como atrasos ou a quitação de dívidas que não foram contraídas por ele. A pesquisa também indica que os pedidos de nome emprestado ocorrem, principalmente, entre familiares e amigos: cônjuges (26%), irmãos (18%), pais (18%), amigos (17%) e outros familiares (17%).
Os argumentos para justificar o pedido de uso do nome variam. 25% dos entrevistados mencionaram a necessidade de fazer compras de supermercado, 18% queriam pagar dívidas, 17% pretendiam comprar algo para os filhos e 15% mencionaram a compra de presentes em datas especiais. Apesar da prática, 84% dos consumidores afirmam que têm honrado os compromissos financeiros, quitando as parcelas em dia.
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