29 de jun 2025

Julho sem compras traz reflexões sobre consumo consciente e economia pessoal
Iniciativa "Julho Sem Compras" busca promover a revisão de hábitos financeiros e reduzir gastos em um cenário de incerteza econômica.

Jejum financeiro pode incentivar as pessoas a confrontarem seus hábitos de consumo (Foto: Till Lauer/The New York Times)
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Você já ouviu falar do “Fevereiro Frugal”, mas agora surge o “Julho Sem Compras”. Essa nova tendência, que ganha força nas redes sociais, incentiva a redução de gastos discricionários durante o mês de julho, em meio a incertezas financeiras. O objetivo é revisar hábitos de consumo e promover a economia.
O “Julho Sem Compras” se destaca em um cenário onde muitos americanos enfrentam dificuldades financeiras. Com milhões de devedores de empréstimos estudantis inadimplentes e atrasos nos pagamentos de cartões de crédito em alta, a necessidade de controle financeiro se torna evidente. “As coisas estão muito caras agora”, afirma Jasmine Renae Ray, planejadora financeira.
A ideia de um mês sem gastos se transforma em um experimento divertido, segundo Gretchen Rubin, apresentadora do podcast “Happier”. “Isso te força a encarar seus hábitos de consumo,” diz ela. Janelle Sallenave, da Chime, observa uma mudança cultural, onde ser frugal é visto como inteligente, não como avareza.
Por que julho?
Embora fevereiro seja tradicionalmente o mês ideal para cortar gastos, o motivo para a escolha de julho não é claro. Annamaria Lusardi, da Universidade de Stanford, questiona a eficácia de se privar durante um mês associado a férias. “Privar-se durante um período planejado de relaxamento pode ser mais difícil,” afirma.
Entusiastas do “Julho Sem Compras” acreditam que o verão pode ser um momento propício para essa prática, já que as atividades ao ar livre podem reduzir o apelo das compras online. Paula Holloway, influenciadora de moda, destaca que o jejum de consumo a ajudou a ser mais criativa com as roupas que já possui.
Aprendizados e desafios
O “Julho Sem Compras” pode trazer aprendizados sobre hábitos financeiros. Rubin relata que o mês sem gastos liberou tempo que antes era gasto em decisões de compra. Holloway também notou que se comprometer a não comprar roupas novas a fez mais estratégica em suas escolhas.
Por outro lado, James Choi, professor da Yale, ressalta que não há evidências de que cortar gastos por um curto período melhore as finanças a longo prazo. “Mudanças sustentadas de estilo de vida são necessárias,” afirma. Lusardi sugere que um planejamento financeiro consistente é mais eficaz do que um desafio de um mês.
Para quem deseja experimentar o “Julho Sem Compras”, a ideia é limitar gastos além do básico, como aluguel e contas. Não há regras rígidas, e cada um pode definir o que considera supérfluo. “Períodos sem gastos podem ser poderosos se encarados com a mentalidade certa,” recomenda Gloria Garcia Cisneros, planejadora financeira.
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