Economia

A conspiração consumista revela o preço da moda rápida e seu impacto ambiental devastador

O documentário "A conspiração consumista" expõe os impactos da moda e do e commerce. A Shein produz 1,3 milhão de modelos de roupas, enquanto a Zara lança 36 mil por ano. Em 2024, 81% dos produtos com atributos ambientais eram enganosos, segundo pesquisa. O movimento de subconsumo cresce, promovendo uma abordagem mais sustentável ao consumo. A manipulação do consumo é discutida por ex executivos, revelando a ciência por trás das compras.

Imagem de divulgação do documentário: 100 bilhões de peças de roupa são produzidas todos os anos. (Foto: Reprodução)

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A indústria da moda produz anualmente cerca de 100 bilhões de itens de vestuário, com a Shein, uma gigante do e-commerce, responsável por 1,3 milhão de novos modelos a cada ano. Esse ritmo, denominado ultra-fast-fashion, foi intensificado durante a pandemia de Covid-19. Para efeito de comparação, a Zara, considerada pioneira do fast fashion, lança aproximadamente 36 mil modelos anualmente. Esses dados foram apresentados no documentário da Netflix, A conspiração consumista, que já alcançou 7 milhões de visualizações em seus primeiros dias.

O documentário revela que 80% dos têxteis descartados globalmente acabam em aterros ou incineradores, segundo a Fundação Ellen MacArthur. Além disso, a produção de bens de consumo, como 2,5 milhões de pares de sapatos e 69 mil celulares por hora, contribui para a degradação ambiental, com praias em locais como Gana e Bali se transformando em lixões. A narrativa destaca que o consumo desenfreado representa uma ameaça à sobrevivência da humanidade, levando a um ciclo vicioso de compras que gera desperdício.

No Brasil, o Mercado Livre lidera as vendas online, com 448 milhões de itens disponíveis, enquanto a Shopee, que cresceu 30% no último ano, já supera a Amazon em acessos. Apesar da facilidade das compras online, o documentário questiona os custos ambientais desse consumo. A jornalista Alexandra Farah, que mudou seu foco para a sustentabilidade após o desabamento do Rana Plaza em 2013, reflete sobre sua jornada e a necessidade de repensar o consumo, mesmo em um mundo onde a moda e a tecnologia estão interligadas.

O documentário também aborda a manipulação do consumidor, destacando como estratégias de marketing, como a saturação de anúncios, influenciam as decisões de compra. A produção em massa alterou a percepção de luxo, que agora é frequentemente associada a produtos fabricados em condições de exploração. A crescente conscientização sobre sustentabilidade e o movimento de subconsumo refletem uma mudança nas atitudes dos consumidores, que, embora afirmem valorizar práticas sustentáveis, muitas vezes não as colocam em prática.

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