Cozinheiros compartilham receitas de épocas de crise para ajudar na atual inflação

A preocupação com a economia dos Estados Unidos aumentou, com temores de uma nova recessão, semelhante à Grande Recessão de dois mil e oito. Criadores de conteúdo, como Kiki Rough, estão compartilhando dicas de economia e receitas de épocas de crise nas redes sociais, promovendo um senso de comunidade.

Kiki Rough, de vinte e oito anos, começou a produzir vídeos com receitas de livros de culinária de crises passadas. Ela aprendeu a cozinhar durante períodos difíceis, utilizando cupons e assistência alimentar. Em sua cozinha em Chicago, Rough ensina a preparar refeições baratas e alternativas para itens comuns. “Precisamos compartilhar conhecimento agora, porque todos estão assustados”, afirmou.

Os vídeos de Rough ganharam popularidade, com 350 mil seguidores e 21 milhões de visualizações em um mês. O anúncio de tarifas pelo ex-presidente Donald Trump intensificou os temores sobre a economia. Pesquisas sobre a "Grande Recessão" estão aumentando, com um pico esperado em buscas relacionadas à crise financeira global.

A geração Y e X está compartilhando experiências e dicas sobre como economizar. Muitos jovens, que não vivenciaram a crise anterior, buscam conselhos de mais velhos. “Estamos nos tornando os 'especialistas' em enfrentar dificuldades”, disse Scott Sills, um profissional de marketing.

A inflação tem dificultado a aplicação de algumas dicas de economia, com custos de refeições aumentando entre 100% e 150%. Kimberly Casamento, uma gestora de mídia digital, iniciou uma série no TikTok sobre receitas de um livro de dois mil e nove, destacando a necessidade de cortar custos. “Se você pode reduzir o custo da sua refeição em R$ 25,00, isso é uma vitória”, afirmou.

A troca de conhecimentos sobre economia é comum em tempos de crise. Megan Way, professora da Babson College, observa que as conversas sobre como economizar agora ocorrem nas redes sociais, refletindo a necessidade humana de buscar apoio em momentos incertos. “Um dos piores aspectos para uma economia é o medo absoluto”, concluiu.