16 de jan 2025
Agência Internacional de Energia antecipa recorde na geração de eletricidade nuclear em 2025
A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê recorde de 2.900 TWh em 2025. A China deve se tornar a principal potência nuclear, superando EUA e Europa. Mais de 70 gigawatts de novas capacidades nucleares estão em construção globalmente. Pequenos reatores modulares surgem para atender à crescente demanda energética. A energia nuclear evitou 72 gigatoneladas de CO₂ desde 1971, contribuindo para emissões líquidas zero.
Usina Nuclear de Fuqing: a China emerge como a grande produtora de eletricidade nuclear (Foto: Marcelo Ninio)
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A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou nesta quinta-feira que a produção de eletricidade nuclear deve atingir um recorde mundial em 2025, com a China se destacando nesse setor em relação aos Estados Unidos e à Europa. Atualmente, mais de 70 gigawatts de novas capacidades nucleares estão em construção, o que representa um dos maiores níveis em três décadas, conforme o relatório "O caminho para uma nova era para a energia nuclear". A produção de eletricidade nuclear subiu para 2.742 TWh em 2023 e deve alcançar 2.900 TWh em 2025, correspondendo a cerca de 10% da produção elétrica global.
O crescimento da energia nuclear é impulsionado pela demanda por eletricidade para abastecer fábricas, veículos elétricos e centros de dados, especialmente em um cenário de avanço da inteligência artificial. Em 2023, havia mais de 410 reatores operando em cerca de 30 países. O diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, afirmou que estamos entrando em uma nova era para a energia nuclear e previu que a produção em 2025 será a maior da história. A recuperação do setor, após o acidente de Fukushima em 2011, é liderada pela China, que iniciou 25 dos 52 reatores lançados globalmente desde 2017.
Birol também observou que a geografia da indústria nuclear está mudando, com a Europa e os Estados Unidos enfrentando desafios, como altos custos e atrasos nos projetos. A energia nuclear na Europa representa menos de 25% da eletricidade total, uma queda significativa em relação aos 35% dos anos 1990. A previsão é que esse número caia para menos de 15% em dez anos. A AIE destaca que mais de 99% das capacidades de enriquecimento estão concentradas em quatro empresas, com a Rosatom da Rússia detendo 40%.
Além disso, a AIE menciona o surgimento de pequenos reatores modulares, que poderão competir em custos com usinas eólicas offshore e grandes hidrelétricas em até 15 anos. Desde 1971, a energia nuclear evitou 72 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono. Birol enfatiza que, embora energias renováveis como solar e eólica sejam cruciais para emissões líquidas zero, a energia nuclear será fundamental para garantir um caminho viável economicamente até essa meta. A AIE apresenta três cenários de evolução do setor até 2050, todos prevendo um aumento significativo na capacidade nuclear instalada.
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