Estados Unidos atinge limite de dívida na terça-feira, pressionando o Congresso a agir

O Estados Unidos deve atingir seu limite de dívida de aproximadamente R$ 36 trilhões na próxima terça-feira, conforme comunicado da secretária do Tesouro, Janet Yellen, a líderes do Congresso. Essa situação ocorre três dias antes da posse do presidente eleito Donald Trump. O alcance do teto aumenta a pressão sobre os republicanos, que têm um prazo curto para evitar um possível calote, o que poderia causar uma crise econômica global. Yellen informou que o Tesouro iniciará medidas extraordinárias, que são manobras contábeis, para garantir o pagamento das contas até 14 de março.

Apesar de os republicanos controlarem o Congresso, eles estão divididos sobre como lidar com o teto da dívida. Há várias prioridades legislativas, como segurança nas fronteiras, energia e cortes de impostos, que podem ser apresentadas em um ou dois pacotes. Além disso, os legisladores precisam aprovar um projeto de lei de financiamento do governo para o ano fiscal de 2025, que começou em 1º de outubro. Um projeto para aumentar ou suspender o teto da dívida pode ser incluído nesses pacotes, embora a resolução do teto tenha sido uma questão bipartidária nos últimos anos.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, enfrenta resistência de membros conservadores que preferem reduzir a dívida em vez de aumentá-la. Sua maioria reduzida dificulta a busca por um compromisso, e ele pode precisar do apoio dos democratas para aprovar um aumento do limite. Em dezembro, Trump exigiu que o teto fosse abordado em um projeto de lei de gastos temporários, mas a proposta republicana, que incluía a suspensão do teto até janeiro de 2027, foi rejeitada.

Os líderes republicanos na Câmara sugeriram aumentar o teto da dívida em R$ 1,5 trilhão como parte de um pacote de reconciliação em 2025, que também incluiria cortes de R$ 2,5 trilhões em gastos obrigatórios. No entanto, especialistas alertam que isso proporcionaria apenas um tempo limitado antes que o teto fosse atingido novamente. O teto da dívida foi suspenso até 2 de janeiro como parte da Fiscal Responsibility Act, aprovada em junho de 2023 após intensos debates.