18 de jan 2025
Oligarquia americana acumula US$ 1,5 trilhão durante governo Biden
Durante o governo Biden, os 100 mais ricos dos EUA acumularam US$ 1,5 trilhão. Biden alertou sobre uma "oligarquia" e um "complexo industrial tecnológico" ameaçadores. A riqueza dos 0,1% mais ricos atingiu quase 14%, o maior nível desde os anos 1980. O mercado de ações quase triplicou em oito anos, exacerbando a desigualdade econômica. Elon Musk, maior beneficiado, viu sua fortuna saltar de US$ 100 bilhões para US$ 450 bilhões.
Americanos mais ricos estão entre os maiores beneficiados durante o mandato do presidente Joe Biden. (Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)
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Os americanos mais ricos têm se beneficiado significativamente durante o mandato do presidente Joe Biden, apesar de suas advertências sobre a formação de uma “oligarquia” e um “complexo industrial tecnológico” que ameaçam a democracia dos EUA. De acordo com o índice Bloomberg Billionaires, os cem indivíduos mais ricos do país aumentaram sua riqueza em mais de US$ 1,5 trilhão nos últimos quatro anos, com nomes como Elon Musk, Larry Ellison e Mark Zuckerberg liderando esse crescimento. Estimativas do Federal Reserve indicam que os 0,1% mais ricos acumularam mais de US$ 6 trilhões até setembro.
Biden, em seu discurso na Casa Branca, alertou sobre a concentração de poder nas mãos de poucos ultra-ricos, afirmando que isso representa uma ameaça à democracia e aos direitos básicos dos cidadãos. Durante seu governo, os super-ricos conseguiram uma fatia maior do crescimento econômico, impulsionado pela recuperação dos mercados de ações e imobiliário pós-pandemia. No total, as famílias americanas se tornaram US$ 36 trilhões mais ricas desde a posse de Biden, embora a inflação tenha impactado o poder de compra.
A riqueza líquida dos cem americanos mais ricos aumentou 63% durante o governo Biden, com suas fortunas combinadas superando US$ 4 trilhões, mais do que a riqueza da metade mais pobre da população, que vive em 66,5 milhões de lares. A participação dos 0,1% mais ricos na riqueza nacional atingiu quase 14%, o maior nível desde os anos 1980. A professora Kimberly Clausing, economista e ex-funcionária do Tesouro, destacou que os que estão no topo da distribuição de renda tendem a se beneficiar em períodos de crescimento econômico.
O mercado de ações dos EUA quase triplicou nos últimos oito anos, com as grandes empresas de tecnologia contribuindo para a desigualdade. O Federal Reserve estima que 90% das ações estão nas mãos dos 10% mais ricos. Biden também mencionou os perigos do complexo industrial tecnológico em seu discurso. Durante o governo Trump, os bilionários da tecnologia dobraram seu patrimônio, e agora, suas fortunas coletivas ultrapassam US$ 2 trilhões. Elon Musk, que era um apoiador de Trump, viu sua fortuna saltar de US$ 100 bilhões em 2020 para US$ 450 bilhões, consolidando sua posição como uma das pessoas mais ricas do mundo.
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