23 de jan 2025

Europa enfrenta uma nova era de diplomacia digital à força de canhoneiras
Nos últimos 50 anos, apenas o Spotify superou a avaliação de R$ 100 bilhões. Políticos europeus expressam frustração pela falta de gigantes locais. Líderes buscam atrair empresas americanas para gerar empregos e inovação. A relação entre políticos e magnatas da tecnologia é complexa e desigual. A conformidade com as leis europeias é um requisito para as empresas que atuam na região.
Foto:Reprodução
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Nos últimos cinquenta anos, nenhuma empresa europeia que começou do zero alcançou uma avaliação superior a cem bilhões de dólares, com a sueca Spotify, serviço de streaming de música, flutuando próximo a esse valor. Essa falta de vigor empreendedor tem gerado frustração entre políticos europeus, que buscam impulsionar a economia e aumentar a arrecadação tributária. Sem titãs tecnológicos locais para pressionar a criar empregos, líderes como chanceleres alemães e presidentes franceses têm se esforçado para atrair empresas americanas, solicitando a instalação de centros de pesquisa, hubs de inteligência artificial ou gigafábricas em seus países.
Durante essas visitas, a dinâmica entre os políticos e os magnatas da tecnologia, cujas fortunas superam os orçamentos de muitos países da União Europeia, é complexa. As autoridades eleitas tentam demonstrar poder, enquanto os plutocratas, conhecidos mundialmente, parecem ter a vantagem nas negociações. Apesar disso, os políticos europeus se confortam com o fato de que até mesmo as gigantes como Amazon ou Facebook devem respeitar as leis locais para operar na região. Essa condição é vista como uma forma de garantir que as empresas se adaptem ao ambiente regulatório europeu, mesmo diante da sua influência global.
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