Inflação na Alemanha se mantém em 2,8% em janeiro, a poucos dias da eleição de fevereiro

A inflação na Alemanha permaneceu inalterada em 2,8% em janeiro, segundo dados preliminares do escritório de estatísticas Destatis, divulgados na sexta-feira. Essa taxa coincide com as previsões de economistas consultados pela Reuters e é harmonizada para comparação com a área do euro. No entanto, o índice de preços ao consumidor harmonizado caiu 0,2% em relação ao mês anterior. A inflação no país está acima da meta de 2% do Banco Central Europeu há quatro meses, após ter caído abaixo desse patamar em setembro do ano passado.

Esse cenário reflete a tendência de inflação crescente na área do euro, onde a taxa foi de 2,4% em dezembro. O Banco Central Europeu afirmou que a desinflação na região "está bem encaminhada" e se desenvolveu de acordo com as projeções da equipe. Os dados de inflação de janeiro na área do euro serão divulgados na próxima semana, e essa leitura é uma das últimas informações econômicas relevantes antes das eleições na Alemanha, marcadas para 23 de fevereiro.

A economia alemã tem sido um dos principais temas da campanha eleitoral, ao lado da imigração, em meio a um crescimento econômico fraco e ao aumento da inflação. O governo revisou suas expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,3% em 2025, após uma contração anual nos últimos dois anos. Embora o crescimento trimestral tenha sido lento, a economia conseguiu evitar uma recessão técnica, que é caracterizada por dois trimestres consecutivos de contração.

Além disso, a inflação não harmonizada deve ter uma média de 2,2% neste ano, conforme indicado no relatório econômico anual do governo. A situação econômica da Alemanha continua a ser monitorada de perto, especialmente com a proximidade das eleições e as implicações que isso pode ter nas políticas futuras.