Nova Zelândia flexibiliza Golden Visa enquanto Portugal acelera processamento de pedidos

A Nova Zelândia anunciou a flexibilização de seu programa de Golden Visa para atrair imigrantes ricos e estimular a recuperação econômica após a recessão de 2024. As mudanças incluem a eliminação do teste de proficiência em inglês, a ampliação dos tipos de investimentos aceitos e a redução do tempo mínimo de permanência no país. A ministra da Imigração, Erica Stanford, informou que, a partir de 1º de abril, o visto Active Investor Plus será reduzido a apenas duas categorias, além da criação de uma agência única para gerenciar investimentos estrangeiros.

Enquanto isso, Portugal está acelerando o processamento dos pedidos de Golden Visa devido a atrasos que afetaram a imagem do programa. A Agência de Integração, Migração e Asilo de Portugal anunciou a transição para um sistema digital, permitindo que os candidatos migrem suas solicitações para a plataforma online. Atualmente, há entre 45.000 e 50.000 pedidos aguardando análise, e a nova medida visa eliminar o acúmulo de casos pendentes, que levou investidores a recorrerem à justiça.

O programa de visto por investimento de Portugal, que exige que os participantes passem cerca de sete dias por ano no país, arrecadou mais de € 7 bilhões (US$ 7,2 bilhões) desde sua criação em 2012. A maioria dos participantes é composta por cidadãos da China, Brasil e Estados Unidos. Apesar da suspensão do programa que oferecia vistos por meio da compra de imóveis, ainda existem opções de residência rápida para não europeus, incluindo investimentos em fundos qualificados.

Além disso, outros países, como a Grécia e a Itália, continuam a oferecer vistos por investimento. A Grécia, por exemplo, aumentou o valor mínimo para obtenção do visto dourado por meio da compra de imóveis para € 400 mil (US$ 415 mil). Já o Caribe, que depende desses programas para receita, estabeleceu um preço mínimo de US$ 200 mil para passaportes, em resposta a pressões da União Europeia.