12 de fev 2025
Cortes bilionários do NIH ameaçam pesquisas, empregos e universidades nos EUA
O NIH anunciou corte bilionário, limitando custos indiretos a 15%, afetando pesquisas. A medida, que geraria impacto de US$ 4 bilhões, foi suspensa pela Justiça. Pesquisadores brasileiros relatam incertezas e dificuldades na manutenção de estudos. A mudança pode resultar em perda de empregos e reestruturação em universidades. A ação judicial envolve 22 estados, destacando a importância da pesquisa médica nos EUA.
Governo Trump vem anunciando medidas que impactam o orçamento em pesquisas nos EUA (Foto: REUTERS/Kent Nishimura)
Ouvir a notícia:
Cortes bilionários do NIH ameaçam pesquisas, empregos e universidades nos EUA
Ouvir a notícia
Cortes bilionários do NIH ameaçam pesquisas, empregos e universidades nos EUA - Cortes bilionários do NIH ameaçam pesquisas, empregos e universidades nos EUA
Os Estados Unidos se destacam como líderes em pesquisa médica, com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) sendo um dos principais financiadores de estudos em saúde, incluindo tratamentos para câncer e vacinas. Recentemente, o NIH anunciou um corte bilionário que limita os gastos com custos indiretos a 15%, impactando diretamente a infraestrutura necessária para a realização de pesquisas. Essa mudança, que pode resultar em um impacto orçamentário de US$ 4 bilhões, foi criticada por pesquisadores brasileiros que atuam nos EUA, pois compromete a continuidade de seus estudos.
A medida, que entraria em vigor em 10 de fevereiro, foi suspensa pela Justiça em 22 estados após protestos de autoridades e da comunidade científica. O NIH, que injetou US$ 35 bilhões em pesquisas no último ano, argumentou que a mudança visa direcionar mais recursos para a pesquisa em si. No entanto, pesquisadores afirmam que a falta de infraestrutura inviabiliza a continuidade dos trabalhos, afetando também a economia local e os empregos na bioindústria.
Pesquisadores como Daniel Dahis, que desenvolve um biomaterial em Harvard, e Daniel Adesse, que estuda transplantes de olhos na Universidade de Miami, expressaram preocupação com os cortes. A nova política pode prejudicar especialmente os pesquisadores em início de carreira, que dependem de financiamento para estruturar suas pesquisas. A Universidade da Califórnia, que recebe US$ 2 bilhões do NIH, é uma das instituições que mais sentiriam os efeitos da medida.
A ação judicial contra o NIH destaca os riscos que a nova política representa para a produção científica nos EUA. O presidente de Harvard, Alan M. Garber, enfatizou a importância do financiamento indireto para a manutenção de laboratórios. A decisão do NIH, que pode ser aplicada retroativamente, gerou incertezas e pode resultar em cortes de equipes e reestruturações em instituições de pesquisa, afetando a continuidade de importantes avanços na saúde pública.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.