Economia

Cortes bilionários do NIH ameaçam pesquisas, empregos e universidades nos EUA

O NIH anunciou corte bilionário, limitando custos indiretos a 15%, afetando pesquisas. A medida, que geraria impacto de US$ 4 bilhões, foi suspensa pela Justiça. Pesquisadores brasileiros relatam incertezas e dificuldades na manutenção de estudos. A mudança pode resultar em perda de empregos e reestruturação em universidades. A ação judicial envolve 22 estados, destacando a importância da pesquisa médica nos EUA.

Governo Trump vem anunciando medidas que impactam o orçamento em pesquisas nos EUA (Foto: REUTERS/Kent Nishimura)

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Os Estados Unidos se destacam como líderes em pesquisa médica, com os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) sendo um dos principais financiadores de estudos em saúde, incluindo tratamentos para câncer e vacinas. Recentemente, o NIH anunciou um corte bilionário que limita os gastos com custos indiretos a 15%, impactando diretamente a infraestrutura necessária para a realização de pesquisas. Essa mudança, que pode resultar em um impacto orçamentário de US$ 4 bilhões, foi criticada por pesquisadores brasileiros que atuam nos EUA, pois compromete a continuidade de seus estudos.

A medida, que entraria em vigor em 10 de fevereiro, foi suspensa pela Justiça em 22 estados após protestos de autoridades e da comunidade científica. O NIH, que injetou US$ 35 bilhões em pesquisas no último ano, argumentou que a mudança visa direcionar mais recursos para a pesquisa em si. No entanto, pesquisadores afirmam que a falta de infraestrutura inviabiliza a continuidade dos trabalhos, afetando também a economia local e os empregos na bioindústria.

Pesquisadores como Daniel Dahis, que desenvolve um biomaterial em Harvard, e Daniel Adesse, que estuda transplantes de olhos na Universidade de Miami, expressaram preocupação com os cortes. A nova política pode prejudicar especialmente os pesquisadores em início de carreira, que dependem de financiamento para estruturar suas pesquisas. A Universidade da Califórnia, que recebe US$ 2 bilhões do NIH, é uma das instituições que mais sentiriam os efeitos da medida.

A ação judicial contra o NIH destaca os riscos que a nova política representa para a produção científica nos EUA. O presidente de Harvard, Alan M. Garber, enfatizou a importância do financiamento indireto para a manutenção de laboratórios. A decisão do NIH, que pode ser aplicada retroativamente, gerou incertezas e pode resultar em cortes de equipes e reestruturações em instituições de pesquisa, afetando a continuidade de importantes avanços na saúde pública.

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