Fed mantém taxa de juros e avalia impactos de tarifas sobre a inflação

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) está adotando uma postura de "esperar e ver" em relação à política monetária. Após uma redução de um ponto percentual nas taxas de juros entre setembro e dezembro de 2024, o banco central decidiu manter a taxa entre 4,25% e 4,50% em sua reunião de janeiro. As atas da reunião indicam que os membros do comitê não têm pressa em realizar novos cortes, enfatizando a necessidade de avaliar a evolução da economia, do mercado de trabalho e da inflação antes de tomar decisões adicionais.

Os participantes da reunião expressaram que, embora a economia esteja próxima do pleno emprego, desejam observar mais progressos na inflação antes de ajustar a faixa alvo para a taxa dos fundos federais. A maioria dos membros considera a política atual ainda restritiva, apesar de alguns acreditarem que os níveis de juros estão próximos do neutro, ou seja, não estimulam nem desaceleram a economia. As preocupações com os efeitos inflacionários dos novos tarifas propostas pelo presidente Donald Trump foram mencionadas, mas sem aprofundamento.

O presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou que a economia está em um bom momento e que não há urgência em reduzir ainda mais as taxas de juros. Ele destacou que a inflação ainda está acima da meta de 2%, e que é crucial se aproximar desse nível. As atas também revelaram que os membros estão cientes dos possíveis impactos das políticas tarifárias e fiscais de Trump, que podem influenciar a estabilidade de preços e a inflação.

Enquanto isso, a expectativa de novos cortes nas taxas de juros está sendo projetada para julho ou setembro, com o mercado financeiro antecipando que a Fed continuará a monitorar as condições econômicas antes de agir. A atual taxa de juros de referência está entre 4,25% e 4,5%, e os membros da Fed permanecem cautelosos em relação a como as políticas do governo podem afetar a inflação e, consequentemente, suas decisões futuras.