21 de fev 2025
Economia do México enfrenta maior queda desde 2021 em meio a tensões comerciais com os EUA
O PIB do México caiu 0,6% no último trimestre, a maior queda desde 2021. A demanda doméstica e o investimento privado estão em declínio, afetando a economia. O banco central revisou a projeção de crescimento de 2025 de 1,2% para 0,6%. O setor agrícola teve o pior desempenho em 25 anos, encolhendo 8,5%. Incertezas políticas e tarifas dos EUA podem agravar a desaceleração econômica.
Carros no Porto de Mazatlán, no México: o setor automotivo perdeu força nas exportações no fim de 2024. (Foto: Bloomberg/Jeoffrey Guillemard)
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A economia mexicana enfrentou sua maior contração trimestral desde 2021, com uma queda de 0,6% no Produto Interno Bruto (PIB) nos três meses até dezembro. Essa redução, que se alinha aos dados preliminares divulgados em 30 de janeiro, reflete a perda de força da demanda interna e do investimento privado, em meio a crescentes tensões comerciais com os Estados Unidos. Em comparação anual, o PIB cresceu apenas 0,5%, abaixo da expectativa inicial de 0,6%.
Sob a liderança da presidente Claudia Sheinbaum, a segunda maior economia da América Latina enfrenta desafios, incluindo a desaceleração nas exportações de produtos manufaturados, especialmente fora do setor automotivo. O Ministério da Fazenda atribuiu parte da queda ao impacto da seca, que resultou no pior desempenho do setor agrícola em 25 anos. O setor agrícola encolheu 8,5%, enquanto o industrial caiu 1,5%, e o de serviços teve um crescimento modesto de 0,2%.
As previsões para 2025 indicam uma desaceleração econômica pelo quarto ano consecutivo, com condições fiscais restritivas e incertezas políticas tanto no México quanto nos EUA. O país aguarda a decisão de Donald Trump sobre a imposição de uma tarifa global de 25% sobre suas exportações, que foi adiada no início de fevereiro. Segundo Felipe Hernandez, economista da América Latina, os principais desafios incluem a redução dos gastos públicos e a incerteza comercial.
O banco central revisou sua projeção de crescimento do PIB para 2025, reduzindo-a de 1,2% para 0,6%, mantendo a previsão de 1,8% para 2026. A inflação anual desacelerou para 3,59% em janeiro, com o núcleo da inflação em 3,66%. Carlos Capistran, economista-chefe do Bank of America, destacou que a economia está em um ponto fraco, prevendo cortes adicionais nas taxas de juros pelo Banxico em março, caso não haja tarifas gerais.
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