Economia

Cresce a incerteza no Oriente Médio diante da guerra comercial global e seus impactos econômicos

A guerra comercial iniciada por Donald Trump afeta globalmente economias. A Jordânia é a mais vulnerável, com 25% de suas exportações para os EUA. A desaceleração da demanda por petróleo pode prejudicar a economia do Oriente Médio. Países com dívidas em dólar, como Jordânia e Líbano, enfrentam custos crescentes. O fortalecimento de corredores comerciais pode beneficiar o crescimento na região.

Palm Jumeirah em Dubai, Dubai, Emirados Árabes Unidos (Foto: Nikada | E+ | Getty Images)

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A guerra comercial global iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a impactar grandes economias, afetando mercados de ações e perspectivas de crescimento. As economias da América do Norte, da União Europeia e da China enfrentam incertezas, enquanto o Oriente Médio ainda não sofreu com tarifas adicionais, mas deve se preocupar com as consequências. Economistas afirmam que o impacto direto das tarifas, como as dos EUA sobre importações de aço e alumínio, é mínimo na região, que respondeu por cerca de 16% das importações de alumínio dos EUA em 2024, lideradas pelos Emirados Árabes Unidos e Bahrain.

Entretanto, a guerra comercial pode prejudicar o preço do petróleo, essencial para a economia do Oriente Médio. Países com moedas atreladas ao dólar, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Omã e Bahrain, enfrentam custos imediatos, pois a desvalorização do dólar torna as importações mais caras. Embora tarifas possam fortalecer o dólar a longo prazo, o que tornaria o petróleo mais caro, a demanda por petróleo pode cair devido à desaceleração do comércio global. Carla Slim, economista do Standard Chartered, destacou que a incerteza tarifária pode pressionar os preços do petróleo Brent.

Apesar dos esforços de diversificação, o petróleo ainda representa a maior parte da receita em muitas economias da região. Edward Bell, economista-chefe do Emirates NBD, observou que uma queda no comércio global representa um desafio adicional para o crescimento. Além disso, um dólar mais forte encarece a dívida denominada em dólares, o que é preocupante para países como Líbano, Jordânia e Egito, que têm altos níveis de dívida externa. A Jordânia é a mais vulnerável devido à sua dependência das exportações para os EUA, com quase 25% de suas exportações, principalmente têxteis e joias, destinadas ao mercado americano.

Por outro lado, a guerra tarifária pode impulsionar a criação de corredores comerciais mais eficientes na região. Slim acredita que isso beneficiará corredores de comércio em rápido crescimento, como o corredor GCC-Ásia, que já apresenta crescimento de 15%. O aumento do volume de comércio pode gerar um crescimento paralelo nos fluxos financeiros e de investimento entre os estados do Golfo e a Ásia, especialmente com a expansão de negócios asiáticos no Oriente Médio, impulsionada pela Iniciativa Cinturão e Rota da China.

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