Bitcoin enfrenta incertezas com políticas de Trump e impacto no mercado global

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos inicialmente impulsionou o mercado de criptoativos, dado seu interesse pelo setor, em contraste com a administração anterior. Contudo, as recentes políticas de Trump, como tarifas elevadas contra parceiros comerciais, têm impactado negativamente tanto o mercado acionário quanto o de criptomoedas, que agora se torna dependente das decisões do presidente. Informações indicam que o governo americano planeja aumentar a aquisição de bitcoins e outros ativos digitais, o que pode ter um efeito positivo no mercado, embora a incerteza persista, segundo Axel Blikstad, sócio-fundador da B2V Crypto.

O dólar americano, que estava forte em relação a outras moedas, como o euro e a libra esterlina, começou a perder valor nas últimas semanas, o que pode ter repercussões significativas nos mercados financeiros globais. O bitcoin, por sua vez, enfrenta uma nova correção, a décima primeira em dez anos, com quedas superiores a 25%. Apesar das reações alarmistas, essa situação não é inédita e remete a 2017, quando a liquidez fiduciária elevou os preços dos ativos. A atual conjuntura econômica, influenciada pela política dos EUA, afeta diretamente os mercados financeiros e os criptoativos.

No Brasil, a desvalorização do real e a pressão inflacionária refletem essa situação, tornando o ambiente econômico desafiador. A inflação e os juros altos, combinados com um dólar forte, têm pressionado a economia brasileira. A Bolsa local tem enfrentado esses desafios, mas a incerteza política e econômica continua a afetar os investimentos. A falta de ações concretas para controlar o déficit e a dívida pública aumenta a cautela dos investidores, resultando em uma saída de dólares do país e enfraquecendo ainda mais o real.

A liquidez excessiva no mercado internacional, impulsionada por políticas de juros baixos, tende a direcionar investimentos para ações, bitcoin e imóveis, mantendo os preços desses ativos elevados, apesar das correções. A China, enfrentando uma recessão, também depende de taxas mais baixas nos EUA para sustentar sua política monetária, o que pode manter a liquidez global alta. Para o futuro, o bitcoin deve continuar a ser influenciado por fatores macroeconômicos e políticos, com muitos analistas prevendo uma tendência de longo prazo positiva, enquanto o mercado brasileiro permanece atento a sinais de estabilidade em meio à turbulência global.