20 de mar 2025
Consultoria aponta para recorde de novos projetos de petróleo em 2025
A produção de petróleo deve crescer em 2025 com novos projetos, mas o excesso de oferta pode impactar o mercado global. Entenda os detalhes.
Entre os maiores projetos estão o campo Tengiz, no Cazaquistão; Bacalhau, no Brasil; além das expansões de Berri e Marjan, na Arábia Saudita (Foto: Agência Petrobras)
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Uma série de projetos de petróleo, que vão do Brasil à Arábia Saudita, está prevista para iniciar operações em 2024, resultando na maior adição de produção de petróleo bruto em mais de dez anos. A expectativa é que a produção de novos campos atinja cerca de 2,9 milhões de barris por dia em 2025, um aumento considerável em relação aos 800 mil barris por dia registrados no ano anterior, conforme dados da consultoria Raymond James. Este volume é o mais alto desde 2015 e inclui grandes projetos como o campo Tengiz, no Cazaquistão, e Bacalhau, no Brasil, além das expansões de Berri e Marjan, na Arábia Saudita.
Entretanto, as previsões para 2024 e 2025 podem ser afetadas por atrasos. Analistas do setor indicam um possível excesso de oferta em 2025, à medida que países como Guiana e Brasil aumentam sua produção e a OPEP+ planeja reativar parte de sua produção ociosa a partir de abril. A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA) estima que a oferta superará a demanda em 100.000 barris por dia este ano, enquanto a Agência Internacional de Energia (IEA) projeta um excedente de 600.000 barris por dia.
Embora a Raymond James não tenha divulgado previsões completas sobre produção e consumo, a consultoria prevê que a oferta excederá a demanda em 280.000 barris por dia até o final de 2025. O analista Pavel Molchanov, da Raymond James, destacou que "os investidores ainda não compreenderam totalmente o volume de nova oferta que os projetos trarão em 2025", indicando uma possível subestimação do impacto desses novos projetos no mercado global de petróleo.
Essas dinâmicas de oferta e demanda estão sendo observadas com atenção, especialmente em um cenário onde as políticas comerciais dos Estados Unidos, sob a presidência de Lula, levantam preocupações sobre uma possível diminuição da demanda global por energia. A situação requer monitoramento contínuo, dado o potencial impacto nas economias dependentes do petróleo e nas estratégias de investimento no setor.
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