20 de mar 2025
Milei enfrenta pressão para atualizar índice de inflação com itens obsoletos na Argentina
Milei enfrenta pressão para atualizar o índice de preços ao consumidor da Argentina, enquanto a inflação real pode ser muito maior que a oficial.
Foto: Reprodução
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A Argentina enfrenta um dilema em relação ao seu índice de preços ao consumidor, que ainda inclui itens como cigarros, jornais e telefones fixos, considerados obsoletos. O governo do presidente Javier Milei é pressionado a atualizar a composição do índice pela primeira vez em duas décadas, incorporando produtos essenciais modernos, como iPhones e assinaturas da Netflix. Economistas acreditam que essa reformulação pode revelar uma inflação real superior aos 2,5% reportados atualmente, especialmente considerando que índices regionais frequentemente mostram taxas mais altas.
O chefe do Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), Marco Lavagna, admitiu que o índice precisa de mudanças, mas até agora, nada foi feito. A inflação anual caiu de 276,2% para 66,9% em um ano, mas a hesitação de Milei em alterar o índice pode ser motivada por preocupações eleitorais, já que uma atualização poderia impactar sua popularidade e aumentar os pagamentos em títulos atrelados à inflação, que são cruciais para o financiamento do governo.
Os argentinos, céticos em relação aos dados oficiais devido a um escândalo anterior de manipulação, sentem que os preços estão subindo mais rapidamente do que os números do INDEC indicam. Angel Santos, um supervisor de edifícios, expressou que, apesar da desaceleração da inflação, os preços de itens essenciais, como transporte e alimentos, continuam a subir, tornando a situação financeira insustentável para muitos.
A proposta de Lavagna para uma nova pesquisa de despesas domésticas inclui a revisão da metodologia de cálculo da inflação, alinhando-a com práticas internacionais. A nova abordagem pretende aumentar o número de preços monitorados de 320.000 para 500.000, mas a falta de progresso levanta preocupações sobre a precisão dos dados oficiais. Sem uma atualização, a discrepância entre a inflação real e a oficial pode persistir, afetando a percepção pública e a confiança nas estatísticas do país.
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