Trump impulsiona produção de petróleo nos EUA e provoca queda nos preços, afirma secretário de Energia

O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, afirmou que o mercado de petróleo está subestimando a iniciativa do presidente Donald Trump de aumentar a produção de petróleo e gás no país. Em entrevista ao programa "Squawk Box" da CNBC, Wright destacou que a expectativa de maior oferta está pressionando os preços para baixo, beneficiando os consumidores americanos. Desde a posse de Trump, os futuros do petróleo bruto caíram cerca de 14%.

A administração Trump tem se concentrado em expandir a produção de energia, prometendo aumentar os arrendamentos em terras e águas federais e acelerar o processo de licenciamento. No entanto, as tarifas impostas por Trump e as políticas em relação à OPEP têm gerado preocupações no mercado, com temores de que essas medidas possam resultar em preços mais altos e desaceleração econômica. Recentemente, o preço do West Texas Intermediate atingiu um mínimo intradiário de 65,22 dólares por barril, o menor valor desde a primavera de 2022.

Executivos de grandes empresas de energia, como Chevron e ConocoPhillips, expressaram a expectativa de que a produção de petróleo dos EUA atinja um platô nos próximos anos, após recordes sob a administração Biden. O CEO da Chevron, Mike Wirth, enfatizou a importância da disciplina de capital em vez de buscar crescimento a qualquer custo, sugerindo que o foco deve ser na geração de fluxo de caixa livre.

Além disso, a OPEC+ planeja aumentar gradualmente a produção em abril, adicionando 2,2 milhões de barris por dia ao mercado, que já enfrenta um excesso de oferta. Recentemente, Trump se reuniu com executivos do setor de petróleo e gás na Casa Branca, afirmando que a administração pretende colaborar mais estreitamente com a indústria. O preço do petróleo subiu ligeiramente após os ataques aéreos lançados por Trump contra os Houthis no Iémen, com o West Texas Intermediate cotado a 67,11 dólares por barril.