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Consumo na Argentina registra alta inédita no governo Milei após ajustes econômicos

A recuperação do consumo na Argentina em 2025 traz esperança, mas a queda nas vendas de produtos básicos ainda preocupa.

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O poder de compra das famílias é um indicador crucial da economia, e na Argentina, esse índice sofreu grandes oscilações em 2024 devido a ajustes macroeconômicos. Contudo, a situação começou a se reverter, conforme dados da Câmara Argentina de Comércio (CAC), que revelaram um aumento de 3,1% no Índice de Consumo no primeiro bimestre de 2025, marcando um crescimento inédito durante a gestão de Javier Milei. Embora a comparação com o ano anterior não seja surpreendente devido a um ponto de partida baixo, a continuidade do crescimento por dois meses consecutivos é um sinal positivo.

Os dados da CAC contrastam com a análise da consultoria Scentia, que indicou uma queda de 9,8% nas vendas de produtos da cesta básica em fevereiro, resultando em 14 meses de retração. A CAC, por sua vez, reportou um incremento de 0,3% em fevereiro em relação a janeiro, que já havia mostrado um avanço de 4,3%. As comparações anuais também foram favoráveis, com 5,4% em janeiro e 2,9% em fevereiro. A entidade empresarial sugere que a queda no consumo massivo, que começou em 2024, pode estar se estabilizando em 2025, impulsionada pela expectativa de uma inflação em declínio.

A inflação, conforme o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Indec, subiu para 2,4% em fevereiro, um leve aumento em relação aos 2,2% de janeiro. A CAC atribui essa aceleração, em parte, ao aumento significativo no preço da carne. A renda disponível das famílias está em ascensão, superando a inflação, o que pode estimular o consumo nos próximos meses. Setores como Transporte, Recreação e Cultura, Habitação e Vestuário mostraram aumentos de 6,3%, 5,4%, 2,1% e 1,5%, respectivamente, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O aumento da dívida em cartões de crédito e empréstimos pessoais também contribuiu para o consumo, com um crescimento de 68% nas vendas de novos automóveis em fevereiro e 54% em eletrodomésticos em dezembro. Apesar de ainda estar abaixo dos níveis históricos, o crédito real está em recuperação. A CAC observa que o consumo está se deslocando para bens duráveis, facilitados pelo crédito, em detrimento de bens de consumo diário, que devem se recuperar de forma mais lenta devido a uma renda disponível que deve melhorar de maneira limitada ao longo do ano.

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