Mercados reagem a tarifas de Trump; PMI dos EUA atinge maior nível do ano

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram ligeiramente na terça-feira, impulsionados por notícias de que as tarifas propostas pelo presidente Donald Trump podem ser mais restritas e que algumas obrigações setoriais podem ser adiadas. O rendimento do título de 10 anos aumentou quase dois pontos-base, atingindo 4,346%, enquanto o título de 2 anos subiu um ponto-base, alcançando 4,051%. As tarifas, que devem entrar em vigor em 2 de abril, devem ter um escopo mais limitado, conforme relatado pelo Wall Street Journal e pela Bloomberg. Trump também mencionou uma possível "flexibilidade" em suas propostas de tarifas.

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, com investidores preocupados com a inflação e o crescimento econômico, enquanto aguardam dados importantes, como a confiança do consumidor e as vendas de imóveis novos. O presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, indicou que o impacto das tarifas pode levar a uma previsão de apenas um corte na taxa de juros este ano, em vez de dois. O PMI divulgado na segunda-feira mostrou um aumento para 54,3, superando as expectativas e sinalizando expansão, embora a confiança empresarial esteja em queda devido à incerteza econômica.

Na Ásia-Pacífico, os mercados apresentaram desempenho misto, com o índice Hang Seng de Hong Kong caindo mais de 2%. Na Europa, os mercados subiram, impulsionados por ganhos da Shell, que anunciou aumento nos retornos aos investidores. O petróleo também subiu, à medida que os investidores analisam o impacto das tarifas sobre as importações de petróleo e gás da Venezuela. As vendas de carros na Europa caíram 3,1% em fevereiro, refletindo a incerteza econômica.

No Brasil, os investidores aguardam a divulgação da Ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, defendeu a posição da empresa em meio a preocupações sobre a concorrência de plataformas como TikTok e ChatGPT, destacando que o Google registrou mais de 5 trilhões de buscas em 2024. O HSBC planeja expandir suas operações de banco de investimento na Ásia e no Oriente Médio, visando aumentar a eficiência e focar em áreas de maior vantagem competitiva.