28 de mar 2025
Inflação núcleo em fevereiro atinge 2,8% e consumo cresce 0,4% nos EUA
Inflação nos EUA supera expectativas, enquanto gastos dos consumidores ficam abaixo do previsto, sinalizando incertezas econômicas.
Foto: Reprodução
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O índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos registrou um aumento de 0,4% em fevereiro, superando a expectativa de 0,3%. Essa métrica, que é a preferida do Federal Reserve para medir a inflação, também mostrou que a inflação anual subiu para 2,8%, ligeiramente acima da previsão de 2,7%. O relatório do Departamento de Comércio também revelou que o consumo das famílias cresceu 0,4%, abaixo da projeção de 0,5%, enquanto a renda pessoal aumentou 0,8%, superando a expectativa de 0,4%.
A análise dos dados sugere que os consumidores estão se preparando para um aumento nos preços, possivelmente em resposta às tarifas impostas pelo governo. Especialistas indicam que essa tendência de "compra antecipada" pode estar influenciando os números de gastos, já que muitos consumidores estão tentando evitar os impactos das tarifas que entrarão em vigor. O aumento nas compras foi observado em setores sensíveis a tarifas, como eletrônicos e varejo online, enquanto categorias como gasolina e entretenimento enfrentaram quedas.
O crescimento do PIB dos EUA foi revisado para 2,4% no quarto trimestre de 2024, refletindo uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, que foi de 3,1%. A desaceleração foi atribuída a uma queda nos investimentos e nas exportações, embora o consumo interno tenha se mostrado robusto. O índice PCE, que mede a inflação, subiu 2,4%, enquanto o núcleo do índice, que exclui alimentos e energia, aumentou 2,6%, ligeiramente abaixo das expectativas.
A confiança do consumidor também está em baixa, atingindo o menor nível em 12 anos, de acordo com dados recentes. Apesar das preocupações com a economia, muitos consumidores continuam a gastar, impulsionados pelo medo de aumentos futuros de preços. Essa situação, chamada de "doom spending", reflete a incerteza econômica e a volatilidade provocada pelas políticas tarifárias, que têm gerado um clima de apreensão entre os consumidores e investidores.
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