03 de abr 2025
India enfrenta desafios e oportunidades com os novos tarifários globais de Trump
Tarifas de Donald Trump geram tensões comerciais, afetando globalmente a economia. Índia, com tarifas de 27%, busca expandir exportações e negociar com os EUA. O país pode se beneficiar com a reorientação de cadeias produtivas da Ásia. Acordos comerciais com a União Europeia e outros blocos estão em andamento. O governo indiano precisa agir rapidamente para mitigar impactos em setores vulneráveis.
As tarifas de Trump podem afetar severamente as principais exportações intensivas em mão de obra da Índia. (Foto: Getty Images)
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As tarifas elevadas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão criando um cenário de tensões comerciais globais, especialmente entre os EUA, China e União Europeia. A Índia, que enfrenta tarifas de 27%, busca novas oportunidades de exportação em meio a esse contexto. Especialistas alertam que as tarifas podem impactar negativamente o crescimento econômico e a inflação em várias regiões do mundo.
Embora a Índia tenha sido menos afetada em comparação com países como China, que enfrenta tarifas de 34%, a situação ainda é desafiadora. A consultoria Asia Decoded destaca que os setores de exportação mais intensivos em mão de obra, como vestuário e calçados, podem sofrer com as novas tarifas. No entanto, essa realidade também pode abrir portas para a Índia, que pode se beneficiar da reorientação de exportações.
O governo indiano, liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, deve agir rapidamente para concluir um acordo comercial com os EUA, que representa o maior mercado de exportação da Índia, com aproximadamente US$ 91 bilhões em bens exportados. As negociações estão em andamento e podem ser aceleradas devido à crescente tensão entre os EUA e outras economias globais.
Além de buscar acordos com os EUA, a Índia deve diversificar seus mercados de exportação, mirando regiões com tarifas mais baixas, como Europa e Sudeste Asiático. A Índia já iniciou conversas para acordos de livre comércio com várias nações e blocos, incluindo a União Europeia e o Reino Unido, e está atenta aos riscos de "dumping" chinês à medida que o país busca novos mercados para seus produtos.
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