07 de abr 2025
China avança na manufatura global com novas fábricas e investimentos em tecnologia
A BYD, gigante chinesa de carros elétricos, está construindo fábricas que superam a capacidade da Volkswagen, enquanto os bancos estatais injetam US$ 1,9 trilhão na indústria. O crescimento da manufatura na China, que já representa 32% do total global, gera preocupações sobre o impacto nas economias de potências industriais, como os Estados Unidos. As tarifas impostas pelo governo americano refletem a urgência em conter essa onda de exportações, que ameaça empregos e fábricas em todo o mundo.
Quando a Zeekr, uma fabricante de carros elétricos, abriu sua fábrica em Ningbo, na China, há quatro anos, a instalação tinha quinhentos robôs. Agora, possui oitocentos e vinte, com mais a caminho. (Foto: Qilai Shen para o The New York Times)
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A fabricante chinesa de carros elétricos BYD está construindo duas fábricas na China, cada uma com capacidade para produzir o dobro de veículos em comparação ao complexo da Volkswagen em Wolfsburg, na Alemanha. Nos últimos quatro anos, os bancos estatais da China concederam US$ 1,9 trilhão em empréstimos para a indústria, resultando em um aumento significativo nas exportações e na inovação tecnológica. Essa expansão na manufatura chinesa está gerando preocupações sobre possíveis fechamentos de fábricas e demissões em várias partes do mundo, incluindo os Estados Unidos.
Katherine Tai, ex-representante de comércio dos Estados Unidos, alertou que "o tsunami está vindo para todos", referindo-se ao impacto das exportações chinesas. Em resposta, o governo dos EUA impôs tarifas elevadas, que afetaram o mercado asiático e global. Os líderes chineses criticaram essas medidas, afirmando que as tarifas visam subverter a ordem econômica internacional em benefício dos interesses dos Estados Unidos.
A China tem se destacado na automação industrial, utilizando mais robôs do que o restante do mundo combinado. O aumento na produção de novas fábricas e a modernização das existentes têm contribuído para um crescimento de 13,3% nas exportações em 2023. Além disso, o investimento em pesquisa e desenvolvimento está em alta, com a Huawei inaugurando um centro em Xangai que abriga 35 mil engenheiros.
A participação da China na manufatura global saltou de 6% em 2000 para 32% atualmente, superando a soma da produção dos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Grã-Bretanha. Apesar das tarifas impostas, as exportações chinesas continuam a crescer, levando outros países a considerar o aumento de barreiras comerciais para proteger suas indústrias. A situação atual reflete uma dinâmica complexa entre crescimento industrial e tensões comerciais globais.
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