10 de abr 2025
Zimbabwe inicia compensação a agricultores brancos após 20 anos de expropriações
Governo do Zimbabwe inicia compensação a fazendeiros brancos após reforma agrária, buscando restaurar relações com o Ocidente e reerguer a economia.
Foto:Reprodução
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O governo do Zimbabwe anunciou um pagamento inicial de $3 milhões a fazendeiros brancos cujas propriedades foram confiscadas durante um programa de reforma agrária há mais de duas décadas. Este valor é parte de um acordo de compensação total de $3,5 bilhões, firmado em 2020 entre o estado e os agricultores locais. A medida visa reparar as relações do país com nações ocidentais, deterioradas após as expropriações violentas entre 2000 e 2001.
O pagamento beneficiará os primeiros 378 agricultores de um total de 740 que tiveram suas compensações aprovadas. O montante representa apenas 1% dos $311 milhões destinados à primeira fase dos pagamentos. O restante será quitado por meio de títulos do Tesouro denominados em dólar americano, conforme informou o ministro das Finanças, Mthuli Ncube.
Harry Orphanides, representante dos agricultores, declarou que mais fazendeiros estão demonstrando interesse em se inscrever para a compensação. Contudo, a maioria ainda não aderiu ao acordo e mantém seus títulos de propriedade. O governo se comprometeu a indenizar apenas por "melhorias" realizadas nas terras, não pelo valor das propriedades em si, argumentando que as terras foram injustamente tomadas por colonizadores.
Desde a independência em 1980, o Zimbabwe tem enfrentado desafios econômicos significativos, exacerbados pela reforma agrária. O atual presidente, Emmerson Mnangagwa, busca restabelecer laços com o Ocidente, afirmando que a reforma não pode ser revertida, mas que a compensação é essencial para melhorar as relações internacionais e evitar sanções.
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