22 de abr 2025
Peso argentino se recupera após liberação de controles cambiais e alívio da inflação
Peso argentino se recupera após suspensão de controles cambiais, surpreendendo investidores e aliviando temores de inflação.
Foto:Reprodução
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Peso argentino se valoriza após fim do controle cambial
Buenos Aires – O peso argentino tem apresentado uma recuperação inesperada no mercado cambial, mesmo após o fim de controles que duravam desde 2019. A medida, implementada no início deste mês, inicialmente causou uma queda de mais de 10% na moeda, mas a situação se reverteu rapidamente.
A suspensão dos controles cambiais visava liberar o acesso ao mercado de câmbio para pessoas físicas e empresas, que antes era severamente restrito. A expectativa inicial era de um aumento da inflação, que já vinha desacelerando com o plano de austeridade do presidente Javier Milei.
Contudo, o governo argentino reforçou seu compromisso com o superávit fiscal e prometeu não intervir no mercado de câmbio até que o peso se fortaleça. A entrada de dólares provenientes das exportações de grãos e as condições monetárias apertadas também contribuíram para a valorização da moeda.
A inflação na Argentina caiu para 56% em base anual, uma redução significativa em relação aos quase 300% registrados no início de 2024. Analistas estimam que a inflação de abril ficará entre 3% e 5%, um valor ligeiramente superior aos meses anteriores, mas ainda abaixo das previsões iniciais.
Mercado financeiro reage positivamente
O Banco Central da Argentina recebeu um aporte inicial de US$ 12 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), como parte de um acordo total de US$ 20 bilhões. Esse recurso ajudou a estabilizar o mercado cambial paralelo, com o “dólar blue” caindo 16,4%, para 1.150 pesos, ante os 1.114 oficiais.
O ministro da Economia, Luís “Toto” Caputo, celebrou a recuperação do peso e criticou as previsões pessimistas de economistas e jornalistas. Segundo ele, a cotação atual da moeda é um alívio para a inflação doméstica.
Investidores estrangeiros impulsionam a oferta de dólares
A recomposição das reservas cambiais e o “carry trade” – operação em que investidores estrangeiros são atraídos pelo mercado – têm impulsionado a oferta de dólares no mercado argentino. O Banco Central só intervirá no mercado caso a cotação caia abaixo de 1.000 pesos ou ultrapasse 1.400 pesos por dólar.
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