Bilionários abandonam Reino Unido em meio a aumento de impostos e mudanças tributárias

Dois investidores imobiliários britânicos, Ian e Richard Livingstone, mudaram sua residência para Mônaco, destacando uma tendência crescente entre bilionários do Reino Unido que buscam evitar os recentes aumentos de impostos. A mudança, registrada entre o final de março e o início de abril, reflete as novas restrições fiscais implementadas pelo governo trabalhista de Keir Starmer.

Os irmãos Livingstone, com uma fortuna combinada de US$ 8,5 bilhões, são fundadores da empresa London & Regional. Eles mantêm investimentos significativos em Mônaco há mais de uma década, incluindo o hotel Fairmont Monte Carlo, adquirido em 2007. A decisão de deixar o Reino Unido ocorre em um contexto de mudanças tributárias que incluem restrições ao abatimento de ativos herdados e aumento de impostos sobre ganhos de capital.

Mônaco é um destino popular para aqueles que buscam benefícios fiscais, pois não impõe impostos sobre ganhos de capital ou renda. A saída dos Livingstone se alinha a um movimento maior, onde outros bilionários, como Jim Ratcliffe, também se mudaram para o principado em busca de um ambiente fiscal mais favorável.

Além disso, a City de Londres tem visto figuras proeminentes, como Richard Gnodde, do Goldman Sachs, mudarem-se para cidades como Milão. O Reino Unido, que já foi um centro de riqueza global, enfrenta desafios após o Brexit e mudanças políticas que impactam sua atratividade para os ricos. A chanceler Rachel Reeves tem promovido medidas para fechar um rombo econômico de £ 40 bilhões (aproximadamente US$ 53 bilhões), o que tem levado muitos a reconsiderar sua residência.