01 de mai 2025
Remuneração de CEOs cresce 49,7% em cinco anos, enquanto salários médios avançam apenas 0,9%
Desigualdade salarial atinge novo patamar: CEOs ganham 49,7% a mais em cinco anos, enquanto salários médios sobem apenas 0,9%.
Ganho de CEOs subiu 56 vezes mais do que demais trabalhadores, aponta Oxfam (Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo)
Ouvir a notícia:
Remuneração de CEOs cresce 49,7% em cinco anos, enquanto salários médios avançam apenas 0,9%
Ouvir a notícia
Remuneração de CEOs cresce 49,7% em cinco anos, enquanto salários médios avançam apenas 0,9% - Remuneração de CEOs cresce 49,7% em cinco anos, enquanto salários médios avançam apenas 0,9%
Em 2024, a remuneração média global de CEOs alcançou US$ 4,29 milhões, um aumento real de 49,7% em cinco anos. Em contraste, os salários médios dos trabalhadores subiram apenas 0,9% no mesmo período. Isso significa que os ganhos dos executivos cresceram 56 vezes mais que os dos funcionários comuns. Os dados são de um relatório da Oxfam, divulgado em razão do Dia Internacional do Trabalhador.
A pesquisa analisou a remuneração de CEOs que receberam mais de US$ 1 milhão em 2023, abrangendo 1.984 empresas em 35 países. O estudo considerou salários, bônus, participação em ações e benefícios, ajustados pela inflação. A Irlanda e a Alemanha destacam-se com os CEOs mais bem pagos, com ganhos médios de US$ 6,7 milhões e US$ 4,7 milhões, respectivamente.
A Oxfam também apontou que os salários gerais não acompanham o custo de vida. Em países como França, África do Sul e Espanha, o aumento real dos salários foi de apenas 0,6% no último ano. Além disso, a pesquisa revelou que apenas 6,9% dos CEOs de empresas com receita acima de US$ 10 milhões são mulheres.
A diferença salarial de gênero também é alarmante. Em 2023, a disparidade entre homens e mulheres foi de 22,2%, uma leve melhora em relação ao ano anterior. No entanto, em países como Japão e Coreia do Sul, essa diferença chega a 40%. No Brasil, a disparidade aumentou de 19,4% para 20,7%.
A Oxfam sugere que os governos devem taxar os super-ricos e garantir que os salários mínimos acompanhem a inflação. O relatório foi realizado em parceria com a Confederação Sindical Internacional (ITUC) e abrangeu 45.501 companhias em 168 países.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.