Renda necessária para comprar casa supera em 82% o valor para alugar apartamento nos EUA

A análise da Redfin revela que a renda necessária para adquirir uma casa média nos Estados Unidos é 82% maior do que a exigida para alugar um apartamento. Essa disparidade tem aumentado rapidamente, refletindo os desafios enfrentados no mercado imobiliário.

Os dados indicam que, atualmente, um comprador precisa de R$ 116.633 anuais para adquirir uma casa média, enquanto a renda necessária para alugar um apartamento é significativamente menor. A análise considera que os custos habitacionais não devem ultrapassar 30% da renda bruta, um padrão comum de acessibilidade.

Desde 2021, a renda necessária para a compra de imóveis subiu mais rapidamente do que a exigida para alugar, com a diferença entre os dois valores aumentando mais de quatro vezes. Essa situação é atribuída ao aumento acentuado dos preços das casas e às altas taxas de juros, enquanto o crescimento dos aluguéis permaneceu estagnado.

Desafios do Mercado

O economista sênior da Redfin, Elijah de la Campa, destaca que a transição de aluguel para compra se tornou cada vez mais difícil devido ao aumento dos preços das casas, altas taxas de juros e à escassez de imóveis disponíveis. A demanda por compra superou a oferta nos últimos anos, exacerbada pela desaceleração da construção durante a pandemia.

Os preços das casas aumentaram 43% entre 2020 e 2025, enquanto os aluguéis se mantiveram estáveis, impulsionados por um aumento na construção de novos apartamentos. Em treze das quarenta e duas maiores áreas metropolitanas dos EUA, a renda necessária para comprar uma casa média é agora mais do que o dobro do que para alugar um apartamento.

Diferenças Regionais

As grandes cidades apresentam custos de habitação mais elevados, atraindo pessoas em busca de oportunidades de trabalho. Em San Jose, por exemplo, a renda necessária para comprar uma casa é de R$ 408.557, mais de três vezes a exigida para alugar. Em contraste, em Pittsburgh, a renda necessária é de apenas R$ 66.350, representando um aumento de apenas 14,4% em relação ao aluguel.

Essas diferenças regionais refletem a dinâmica do mercado imobiliário, onde a demanda supera a oferta, resultando em preços elevados em áreas com maior concentração de oportunidades.