Economia

China promete nova contribuição climática e pode assumir liderança global em COP30

China se prepara para anunciar nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) antes da COP30, gerando expectativas sobre sua liderança climática.

Uma vista aérea mostra máquinas transferindo carvão em um porto no município de Chongqing, no sudoeste da China (Foto: AFP)

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A China está prestes a anunciar sua nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), que será apresentada antes da COP30. Este plano é aguardado com grande expectativa, especialmente após a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris. A nova NDC abrangerá todos os setores econômicos e gases de efeito estufa.

O presidente Xi Jinping indicou que a nova NDC pode ser mais ousada, visando ocupar o espaço deixado pelos EUA e demonstrar liderança global. Especialistas, como Norah Zhang, do NewClimate Institute, apontam que a China pode optar por um compromisso ambicioso, mas também pode ser mais conservadora devido à ausência de pressão externa. A China é líder em investimentos em energia renovável, superando suas metas de energia eólica e solar.

Investimentos em Energia Renovável

Atualmente, a China possui 113 usinas de energia nuclear em construção e já atingiu 1.400 GW de capacidade em energia eólica e solar, superando a meta de 1.200 GW prevista para 2030. Apesar disso, o carvão ainda é a principal fonte de energia do país, representando a maior parte das emissões. A utilização de carvão na geração de eletricidade caiu de 60% em maio de 2023 para 53% em maio de 2024.

A China justifica a continuidade do uso do carvão como uma estratégia de segurança energética. Marcos Caramuru, ex-embaixador do Brasil na China, destaca que o país consegue atender à demanda crescente de energia com fontes renováveis, algo que não ocorre em todos os lugares. Contudo, a falta de transparência nas políticas climáticas da China é uma preocupação entre os especialistas.

Expectativas para a NDC

A expectativa é que a nova NDC traga compromissos mais robustos, mas as projeções indicam que as políticas atuais podem não ser suficientes para reduzir as emissões de forma significativa nesta década. A última NDC previa que a China atingiria o pico de emissões de CO2 antes de 2030, mas as emissões em 2024 devem crescer apenas 1% em relação a 2023.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, expressou otimismo em relação à nova NDC da China, enfatizando seu papel crucial nas negociações climáticas. A ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também ressaltou a importância da China na agenda climática global, afirmando que o país é um ator estratégico na descarbonização e eletrificação da economia.

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